Jornal do Commercio - PE
A Refinaria Abreu e Lima, que tinha seu início de operação previsto para agosto de 2010, atrasará. A demora no fechamento dos contratos fará com que a unidade não consiga iniciar a operação em agosto de 2010, conforme planejava a Petrobras. O novo plano da empresa empurra o funcionamento da refinaria para 2011, em função da dificuldade de contratar os pacotes de construção e montagem da refinaria. O pico de geração de empregos da obra, que seria este ano, ficou para 2010 e 2011 e também diminuirá.
A licitação para a Casa de Força foi lançada em março do ano passado, mas a ordem de serviço só foi dada na noite da última sexta-feira, mostrando a demora entre lançar a licitação e efetivamente conseguir contratar a obra. A empresa que construirá, a Alusa, tem prazo de 1.125 dias para entregar o empreendimento - ou seja, cerca de três anos.
Só no final deste ano todos os contratos de construção da refinaria deverão ser assinados pela Petrobras.
Durante a apresentação do Plano de Negócios da Petrobras para 2009, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, confirmou que a Refinaria Abreu e Lima só começará a funcionar em 2011. Pela estratégia de construção da unidade, serão feitas duas refinarias em uma. Um parque produtivo terá capacidade de processar 100 mil barris por dia e outro parque gêmeo também terá 100 mil barris por dia. Em vez de construir igualmente as duas unidades ao mesmo tempo, a Petrobras optou por construir uma e depois remobilizar a equipe para construir os equipamentos da segunda unidade.
Com isso, o pico de geração de empregos será menor, mas quem estiver empregado na unidade ficará por mais tempo, até 2012, possivelmente. Em vez de ocupar até 26 mil pessoas no canteiro da obra, o pico será alcançado com 17 mil. Uma vantagem desse tipo de estratégia é utilizar a mesma mão de obra que será capacitada no Prominp.
“A gente estava com a destilação preparada para setembro de 2010, agora com essa licitação com problemas, vamos ter que reavaliar”, afirmou Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento da Petrobras. Durante a licitação para construir as Unidades de Destilação Atmosféricas (UDAs), a melhor proposta apresentada foi do consórcio Odebrecht e OAS. No entanto, os preços ficaram acima da referência adotada pela Petrobras, o que poderá ocasionar ou um cancelamento da licitação (para ser relançada) ou o início de um processo de negociação direta com o consórcio, tentando abrir a planilha de custos e negociar reduções que viabilizem a assinatura do contrato. Além das UDAs, estão nessa mesma situação as licitações das unidades de hidrotratamento, coqueamento retardado e interligações.
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