Folha de Pernambuco
O número de contratações para a construção da Refinaria Abreu e Lima, no Porto de Suape, aumentará nos próximos cinco meses. Isso porque novas etapas da obra, no valor de R$ 2,5 bilhões, devem ter contratos assinados até março, demandando mais 7,5 mil operários, além dos atuais 2,5 mil funcionários que já atuam na construção do empreendimento. O anúncio foi feito ontem pelo diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, durante um encontro com o governador Eduardo Campos, no Rio de Janeiro. O investimento da refinaria poderá chegar a R$ 10 bilhões.
Hoje, os atuais operários trabalham na terraplanagem, na construção da casa de força - que teve ordem de serviço dada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no último dia 23 -, do píer petroleiro e da tubovia.
As novas contratações servirão para a construção de outros seis lotes equivalentes à metade das edificações da refinaria, mas ainda não foram definidas. “Essas novas obras seguem o roteiro do Plano de Aceleração da Refinaria (PAR). Estaremos dobrando o total de recursos aplicados até hoje. A contratação dos novos trabalhadores vai gerar ocupação, animar o comércio e movimentar a nossa economia em tempos de crise financeira mundial”, disse Campos.
Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, que também participou do encontro, até abril outros quatro grandes contratos serão assinados. “O governo tem o mapeamento de trabalho feito para que os consórcios possam aproveitar os inscritos na Agência do Trabalho, Senai”, exemplificou o representante da pasta. No cronograma da refinaria, dentro de dois meses, as obras de terraplanagem do terreno devem estar 90% prontas e a casa de força deve ser concluída em 2010.
Com o início das atividades previstas para 2010, a refinaria deverá processar 200 mil barris por dia, dos quais 100 mil viriam da Venezuela e o restante da Bacia de Campos (SP). Esse é o atual acordo feito com a PDVSA, estatal venezuelana, que teria 40% do empreendimento e os 60% restante seriam da Petrobras. Em contrapartida ao investimento em refino no Brasil, a Venezuela concederia 40% dos seus campos de petróleo pesado na área de Carabobo. Com um impasse junto à PDVSA, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, deu um prazo até o dia 17 de fevereiro para um posicionamento da estatal venezuelana.
Fale Conosco
22