Química e Petroquímica

Reajuste de óleo combustível vai trazer alívio ao caixa da Petrobras

Estatal poderá ter um alívio de R$ 67 milhões/ mês.

Valor Econômico
13/01/2014 11:58
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A Petrobras poderá ter um alívio de R$ 67 milhões, por mês, no caixa a partir deste ano, com o reajuste de 15% do óleo combustível vendido nas refinarias e confirmado por fontes ao Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor. Um reajuste deste combustível não acontecia desde meados de 2012.
Entre janeiro e setembro de 2013, a receita mensal com a venda de óleo combustível da Petrobras foi de R$ 443 milhões, segundo estimativas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). O montante corresponde a cerca de 2% da receita de vendas da petroleira. Com o reajuste, a consultoria prevê que a Petrobras deve faturar R$ 510 milhões, por mês, com o combustível.
Os preços dos combustíveis têm sido uma das maiores dores de cabeça da presidente da Petrobras, Graça Foster, desde o início da sua gestão. O problema é que a variação dos preços dos combustíveis no mercado internacional não são diretamente passados para o mercado interno, afetando a geração de caixa. O governo, controlador da empresa, por sua vez, teme a influência de reajustes na inflação.
O último aumento do preço do óleo combustível, considerado poluente e de baixo valor entre os derivados do petróleo, foi de 9,86%, em julho de 2012. Por conta do controle de preços, em dezembro, a defasagem do preço do insumo, em relação aos valores praticados no exterior, estava na faixa de 20%. Procurada, a Petrobras informou que não comentará o assunto.
No Brasil, o óleo combustível é muito usado pela indústria e por usinas térmicas. Liana Forster, consultora da Excelência Energética, não acredita que o reajuste de 15% possa gerar aumento do custo com geração térmica. Isso porque a fonte já não tem sido competitiva nos últimos leilões de energia. "Não vejo grande diferença no cenário", afirmou Liana, ao Valor.
Já no caso da indústria, o impacto deverá ser mais sentido. Para Paulo Pedrosa, presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), o combustível é utilizado por muitas empresas, sobretudo no interior dos Estados e em áreas onde predomina o agronegócio. "O reajuste é preocupante", disse Pedrosa.
Segundo ele, o aumento nos preços do combustível vem se somar a outros reajustes no setor de energia. As tarifas da Comgás, maior distribuidora do país, por exemplo, foram reajustadas em 3,6% em dezembro para repassar a alta acumulada do dólar. Adriano Pires, diretor do CBIE, ressaltou que a mudança veio em boa hora para ajudar na competitividade do gás natural. O gás, que tem maior qualidade e é menos poluente, é o único que segue a tendência do mercado internacional de forma mais constante.

A Petrobras poderá ter um alívio de R$ 67 milhões, por mês, no caixa a partir deste ano, com o reajuste de 15% do óleo combustível vendido nas refinarias e confirmado por fontes ao Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor. Um reajuste deste combustível não acontecia desde meados de 2012.


Entre janeiro e setembro de 2013, a receita mensal com a venda de óleo combustível da Petrobras foi de R$ 443 milhões, segundo estimativas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). O montante corresponde a cerca de 2% da receita de vendas da petroleira. Com o reajuste, a consultoria prevê que a Petrobras deve faturar R$ 510 milhões, por mês, com o combustível.


Os preços dos combustíveis têm sido uma das maiores dores de cabeça da presidente da Petrobras, Graça Foster, desde o início da sua gestão. O problema é que a variação dos preços dos combustíveis no mercado internacional não são diretamente passados para o mercado interno, afetando a geração de caixa. O governo, controlador da empresa, por sua vez, teme a influência de reajustes na inflação.


O último aumento do preço do óleo combustível, considerado poluente e de baixo valor entre os derivados do petróleo, foi de 9,86%, em julho de 2012. Por conta do controle de preços, em dezembro, a defasagem do preço do insumo, em relação aos valores praticados no exterior, estava na faixa de 20%. Procurada, a Petrobras informou que não comentará o assunto.


No Brasil, o óleo combustível é muito usado pela indústria e por usinas térmicas. Liana Forster, consultora da Excelência Energética, não acredita que o reajuste de 15% possa gerar aumento do custo com geração térmica. Isso porque a fonte já não tem sido competitiva nos últimos leilões de energia. "Não vejo grande diferença no cenário", afirmou Liana, ao Valor.


Já no caso da indústria, o impacto deverá ser mais sentido. Para Paulo Pedrosa, presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), o combustível é utilizado por muitas empresas, sobretudo no interior dos Estados e em áreas onde predomina o agronegócio. "O reajuste é preocupante", disse Pedrosa.


Segundo ele, o aumento nos preços do combustível vem se somar a outros reajustes no setor de energia. As tarifas da Comgás, maior distribuidora do país, por exemplo, foram reajustadas em 3,6% em dezembro para repassar a alta acumulada do dólar. Adriano Pires, diretor do CBIE, ressaltou que a mudança veio em boa hora para ajudar na competitividade do gás natural. O gás, que tem maior qualidade e é menos poluente, é o único que segue a tendência do mercado internacional de forma mais constante.

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