Redação
O presidente da CEGÁS, Hugo Figueirêdo, apresentou hoje durante um seminário do Programa ProQR, na sede da empresa, em Fortaleza, a experiência da Companhia na distribuição de gás natural renovável (GNR).
O evento reuniu pesquisadores e empresas e é organizado pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Fraport e a GIZ, Agência de fomento e inovação da Alemanha.
O ProQR é um programa do Governo Federal, articulado com o Governo Alemão, que tem como objetivo desenvolver projetos de combustíveis alternativos sem impactos climáticos para a aviação.
No Ceará, o biogás é purificado e convertido em gás natural renovável pela GNR Fortaleza.
O presidente da CEGÁS afirmou ainda que, desde maio de 2018, a Companhia tornou-se a primeira distribuidora do Brasil a injetar na sua rede de gasodutos o GNR. Segundo ele, o GNR já está sendo entregue a todos os clientes residenciais, comerciais, industriais e veiculares da CEGÁS.
Com um percentual de 13%, atualmente, o Ceará tem uma das maiores participações de GNR no volume de gás distribuído no mundo. Em países desenvolvidos como a França e o Japão, este índice é inferior a 5%. Na Suécia, o percentual é de 12%.
Figueirêdo disse ainda que a CEGÁS tem especial interesse em incentivar e acompanhar a evolução dos estudos para a distribuição do hidrogênio em redes de distribuição de gás canalizado.
Segundo ele, a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) deve realizar estudos neste sentido. Estudos preliminares apontam que a usina fornecedora de GNR para a CEGÁS tem grande potencial para a produção de combustíveis alternativos a partir do reaproveitamento dos excedentes de CO2.
A programação teve início com a apresentação do Secretário Executivo de Comércio, Serviços e Inovação da SEDET, Júlio Cavalcante Neto, que falou sobre a importância do evento no contexto mundial e de que maneira o Ceará pode ser pioneiro na Produção de Combustíveis alternativos para a aviação.
Rafael Meneses, representante do MCTIC, explanou sobre o ProQR, mencionando a importância da articulação entre governo, academia e iniciativa privada para o desenvolvimento de uma tecnologia disruptiva e de impacto neutro para o Meio Ambiente e para a sociedade brasileira.
O seminário visa desenvolver um arranjo institucional para implantar a primeira planta piloto de Combustíveis Alternativos para a aviação. A ideia dessa planta piloto é implantar uma rede de energia elétrica renovável (eólica ou solar) para produzir a partir da água do ar, o Hidrogênio, e produzir o bioquerosene de aviação com as especificações que superem as exigências da regulação mundial.
Com o arranjo institucional montado para a implantação do PROQR no Ceará, deve ser implantada, em até 3 anos, a primeira planta piloto do mundo de produção de bioquerosene de aviação.
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