Combustível

Preço do gás natural terá novo reajuste amanhã

Alta acumulada no ano chega a 6,5%.

Brasil Econômico
31/07/2014 09:28
Visualizações: 1295

 

O preço do gás natural produzido no Brasil terá um aumento médio de 1,57% a partir de amanhã, em mais um passo na estratégia da Petrobras para recuperar as perdas provocadas pela defasagem nos preços dos combustíveis no Brasil. Oferecido ao mercado com descontos entre 2011 e 2013, o gás natural nacional para uso não-termelétrico acumula alta de 6,5% desde que a empresa retomou os reajustes, no início do ano. Distribuidoras e consumidores reclamam dos aumentos em um período de perda de competitividade com relação à indústria americana, beneficiada pelo crescimento da produção de reservas não convencionais. 
“O novo aumento é uma sinalização ruim para o mercado e tem impacto direto na competitividade da indústria”, diz o presidente da Associação das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Augusto Salomon. Nos Estados Unidos, país que experimenta o maior ritmo de crescimento da produção do combustível, os preços oscilam em torno dos US$ 6 por milhão de BTU (unidade britânica de poder calorífico). No Brasil, o preço praticado no primeiro trimestre, último dado disponibilizado pela Petrobras, foi de US$ 8,7 por milhão de BTU. 
A Petrobras pratica preços diferentes de acordo com a origem do gás natural que vende ao mercado — nacional, boliviano ou importado sob a forma de gás natural liquefeito (GNL). O gás nacional era o único que tinha preço congelado, resultado de uma política para encontrar novos consumidores em um período de pouco uso de térmicas no país. Hoje, com as térmicas operando a plena carga e pesadas perdas com a importação de GNL a preços de até US$ 18 por milhão de BTU, a companhia põe em prática um programa de redução progressiva dos descontos, que foram iniciados em 2011. 
Em nota enviada ao Brasil Econômico, a Petrobras argumenta que o gás nacional é competitivo em relação a outros mercados, como o europeu continental (US$ 11,3 por milhão de BTU), o britânico (US$ 10,1 por milhão de BTU) e o chinês (US$ 12,3 por milhão de BTU), mas admite a vantagem para o consumidor americano. “Desde a última atualização de preços antes da concessão de descontos, em fevereiro de 2011, até agosto de 2014, o preço médio do gás natural para uso não-termelétrico aumentou 6,5%, enquanto que a inflação acumulada no País entre fevereiro de 2011 e junho de 2014 foi de 21,9% (IPCA)”, diz o texto.
O aumento dessa quinta-feira afeta principalmente as distribuidoras de Nordeste, Minas Gerais, Rio e Espírito Santo, uma vez que os estados do Sul e São Paulo, este parcialmente, são abastecidos com gás boliviano. A data do repasse ao consumidor e o valor do reajuste varia de acordo com os contratos de concessão e de suprimento de cada distribuidora — em alguns casos, a alta no preço do combustível chega aos 4%. Para a Abegás, a retirada dos descontos prejudica ainda a competição com outros combustíveis, que têm preços congelados há mais tempo, como o gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha). “Os combustíveis substitutos do gás natural vêm sendo subsidiados e tendo até preços congelados, o que cria uma distorção imediata na produção industrial”, reclama Salomon.
Para a Petrobrás, o gás mantém condições de competir com seu principal concorrente. “Hoje, seu preço equivale a 70% do valor do óleo combustível”, calcula a empresa. No primeiro trimestre, a companhia experimentou um crescimento de 20% nas importações de GNL para suprir as térmicas a preços menores do que os pagos pelo combustível. A compra de GNL mais caro eliminou parte dos ganhos extras com a venda de energia no mercado de curto prazo, levando o resultado da área de gás e energia a uma queda de 41,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O preço do gás natural produzido no Brasil terá um aumento médio de 1,57% a partir de amanhã, em mais um passo na estratégia da Petrobras para recuperar as perdas provocadas pela defasagem nos preços dos combustíveis no Brasil.

Oferecido ao mercado com descontos entre 2011 e 2013, o gás natural nacional para uso não-termelétrico acumula alta de 6,5% desde que a empresa retomou os reajustes, no início do ano. Distribuidoras e consumidores reclamam dos aumentos em um período de perda de competitividade com relação à indústria americana, beneficiada pelo crescimento da produção de reservas não convencionais.

 “O novo aumento é uma sinalização ruim para o mercado e tem impacto direto na competitividade da indústria”, diz o presidente da Associação das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Augusto Salomon.

Nos Estados Unidos, país que experimenta o maior ritmo de crescimento da produção do combustível, os preços oscilam em torno dos US$ 6 por milhão de BTU (unidade britânica de poder calorífico). No Brasil, o preço praticado no primeiro trimestre, último dado disponibilizado pela Petrobras, foi de US$ 8,7 por milhão de BTU. 

A Petrobras pratica preços diferentes de acordo com a origem do gás natural que vende ao mercado — nacional, boliviano ou importado sob a forma de gás natural liquefeito (GNL). O gás nacional era o único que tinha preço congelado, resultado de uma política para encontrar novos consumidores em um período de pouco uso de térmicas no país. Hoje, com as térmicas operando a plena carga e pesadas perdas com a importação de GNL a preços de até US$ 18 por milhão de BTU, a companhia põe em prática um programa de redução progressiva dos descontos, que foram iniciados em 2011. 

Em nota enviada ao Brasil Econômico, a Petrobras argumenta que o gás nacional é competitivo em relação a outros mercados, como o europeu continental (US$ 11,3 por milhão de BTU), o britânico (US$ 10,1 por milhão de BTU) e o chinês (US$ 12,3 por milhão de BTU), mas admite a vantagem para o consumidor americano. “Desde a última atualização de preços antes da concessão de descontos, em fevereiro de 2011, até agosto de 2014, o preço médio do gás natural para uso não-termelétrico aumentou 6,5%, enquanto que a inflação acumulada no País entre fevereiro de 2011 e junho de 2014 foi de 21,9% (IPCA)”, diz o texto.

O aumento dessa quinta-feira afeta principalmente as distribuidoras de Nordeste, Minas Gerais, Rio e Espírito Santo, uma vez que os estados do Sul e São Paulo, este parcialmente, são abastecidos com gás boliviano. A data do repasse ao consumidor e o valor do reajuste varia de acordo com os contratos de concessão e de suprimento de cada distribuidora — em alguns casos, a alta no preço do combustível chega aos 4%. Para a Abegás, a retirada dos descontos prejudica ainda a competição com outros combustíveis, que têm preços congelados há mais tempo, como o gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha).

“Os combustíveis substitutos do gás natural vêm sendo subsidiados e tendo até preços congelados, o que cria uma distorção imediata na produção industrial”, reclama Salomon.

Para a Petrobrás, o gás mantém condições de competir com seu principal concorrente. “Hoje, seu preço equivale a 70% do valor do óleo combustível”, calcula a empresa. No primeiro trimestre, a companhia experimentou um crescimento de 20% nas importações de GNL para suprir as térmicas a preços menores do que os pagos pelo combustível. A compra de GNL mais caro eliminou parte dos ganhos extras com a venda de energia no mercado de curto prazo, levando o resultado da área de gás e energia a uma queda de 41,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Prêmio ANP de Inovação Tecnológica
Parceria premiada - Petrobras participa de quatro dos se...
05/12/25
Evento
Petrolíferas debatem produção mais limpa e tecnologias d...
04/12/25
Leilão
PPSA arrecada cerca de R$ 8,8 bilhões com a alienação da...
04/12/25
Firjan
Novo Manual de Licenciamento Ambiental da Firjan ressalt...
04/12/25
Transição Energética
Óleo & gás continuará essencial até 2050, dizem especial...
04/12/25
PPSA
Leilão da PPSA oferecerá participação da União em áreas...
04/12/25
Asfalto
IBP debate sustentabilidade e novas tecnologias para o f...
03/12/25
Reconhecimento
Casa dos Ventos conquista Medalha Bronze em sua primeira...
03/12/25
Bacia de Santos
PPSA adia leilão de petróleo da União de Bacalhau para o...
03/12/25
Estudo
Firjan lança a 4ª edição do estudo Petroquímica e Fertil...
03/12/25
Biocombustíveis
Porto do Açu e Van Oord anunciam primeira dragagem com b...
02/12/25
Investimento
Indústria de O&> prioriza investimento em tecnologia de ...
02/12/25
Refino
Petrobras irá investir cerca de R$12 bilhões na ampliaçã...
02/12/25
Posicionamento
Proposta de elevação da alíquota do Fundo Orçamentário T...
01/12/25
Gás Natural
Distribuição de gás canalizado é crucial para a modicida...
01/12/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Centro de Formação Profissional da Universidade Tiradent...
01/12/25
Levantamento Sísmico
TGS inicia pesquisa na Bacia de Pelotas
01/12/25
Etanol
Anidro e hidratado fecham a semana em alta
01/12/25
Petrobras
Com um total de US$ 109 bilhões de investimentos o Plano...
28/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Oil States marca presença na Mossoró Oil & Gas Energy 20...
28/11/25
Comemoração
Infotec Brasil completa 40 anos e destaca legado familia...
28/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.