Petróleo
Jornal do Commercio
Os preços dos contratos futuros de petróleo tiveram um bom desempenho no primeiro dia de funcionamento dos mercados em 2009, tanto na New York Mercantile Exchange (Nymex) e na ICE Futures, impulsionados pelo corte de fornecimento do gás natural da Rússia para a Ucrânia e o conflito entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza, que entrou no sétimo dia consecutivo.Na Nymex, os contratos de petróleo para fevereiro subiram US$ 1,74 (3,90%) e fecharam na última sexta-feira a US$ 46,34 por barril. Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de US$ 41,05 e a máxima de US$ 46,74.O preço do barril de petróleo na Nymex está 37% acima da mínima de 2008, de US$ 33,87 o barril, registrada há apenas duas semanas.
Na ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para fevereiro fecharam a US$ 46,91 por barril, alta de US$ 1,32 (2,90%). A mínima foi de US$ 41,60 e a máxima de US$ 47,33. _
Alguns participantes acreditam que o mercado começou a se estabilizar após a queda livre dos preços, de um nível recorde próximo de US$ 150 registrado em julho do ano passado. Mas outros participantes são mais cautelosos e preferem esperar até que os volumes de transações voltem ao normal, após o feriado do Ano-Novo.
Após ter caído para US$ 41 o barril nas transações na Ásia e Europa, o preço do petróleo se recuperou e avançou rapidamente em território positivo no início da tarde, com os participantes retomando as preocupações de que a disputa da Rússia com a Ucrânia sobre os pagamentos do gás natural possa prejudicar o fornecimento do combustível à Europa Ocidental, como ocorreu em disputa semelhante há três anos. Cerca de 25% do gás consumido na Europa Ocidental vêm da Rússia, a maior parte via Ucrânia."As questões geopolíticas provavelmente estão impedindo que o mercado despenque de verdade", disse Tony Rosado, broker da GA Global Markets em Nova York. "Se os problemas continuarem, poderá haver um impulso para o mercado operar em alta na próxima semana. Nós poderemos ver o barril a US$ 50 na próxima segunda-feira ou na terça-feira".
O contínuo bombardeio de Israel contra a Faixa de Gaza aumenta os temores de que o conflito se espalhe pela região. Sete dias de bombardeios mataram mais de 430 palestinos e uma invasão terrestre em larga escala permanece uma possibilidade, após Israel ter rejeitado o cessar-fogo na quinta-feira."Existe um medo verdadeiro de que o conflito em Gaza sofra uma escalada e se espalhe", disse Rachel Ziemba, analista de energia na RGE Monitor. "Qualquer coisa que coloque o Irã na confusão preocupará os mercados".Em um impulso mais psicológico aos mercados de petróleo, o Departamento de Energia dos EUA informou nesta sexta-feira que comprará 12 milhões de barris para recompor as Reservas Estratégicas de Petróleo (SPR, na sigla em inglês).
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