Jornal do Commercio
Os contratos futuros do petróleo encerraram em queda pela quinta sessão consecutiva em Nova York e em Londres, na última quinta-feira, pressionados pela valorização do dólar, que atingiu o maior nível ante o euro neste ano, e também pela queda na demanda. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo para outubro caíram US$ 1,46 (1,34%) e fecharam a US$ 107,89 por barril. Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de US$ 106,52 e a máxima de US$ 109,35.
Em Londres, no sistema eletrônico da ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para outubro caíram US$ 1,76 (-1,62%) e fecharam a US$ 106,30 por barril. A mínima foi de US$ 105,16 e a máxima de US$ 109,16. O dólar registrou o maior valor ante o euro neste ano após a divulgação de resultados melhores do que a expectativa do mercado em um relatório sobre o setor de serviços nos EUA.
O rebaixamento nas projeções do Banco Central Europeu para o crescimento do PIB na zona do euro também deu impulso à moeda americana. Recentemente o euro atingiu mínima para o ano de US$ 1,4316, ante US$1,4365 anteriormente.
O Departamento de Energia dos EUA confirmou que a demanda por gasolina no país caiu 1,6% na semana passada em comparação com a anterior, enquanto a demanda por petróleo recuou 3,5% em comparação a igual período do ano passado, por conta dos preços elevados e do desempenho mais fraco da economia dos EUA.
O mercado não deu muita atenção para o declínio nos estoques comerciais americanos de petróleo, gasolina e destilados. "O dólar subiu. Há mais receios sobre a economia, não apenas nos EUA mas em outros lugares", disse Antoine Halff, vice-diretor de pesquisas da corretora Newedge USA em Nova York. "Também parece que existe um pouco de impacto da diminuição da liquidez", em meio à liquidação de posições por fundos no mercado de petróleo, acrescentou.
Traders esperam que a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), no próximo dia 9, aponte uma direção para o mercado. A expectativa é que a Opep mantenha a produção oficial, apesar das pressões de outros membros sobre a Arábia Saudita para que o país anule um aumento de produção unilateral realizado no primeiro semestre.
"A expectativa para o encontro da Opep na próxima semana é que não teremos um corte nas cotas de produção. Então ainda estamos neste padrão geral de oferta e demanda favorável a baixa dos preços", disse Tim Evans, analista de energia do Citi Futures Perspective em Nova York.
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