EPE

Pré-sal não diminuirá competitividade do álcool

O aumento da produção de petróleo na camada pré-sal não vai diminuir a perspectiva de crescimento da produção de álcool no país. A afirmação foi feita hoje (4) pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, em seminário promovido pela Associação de Ana

Agência Brasil
04/09/2009 15:30
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O aumento da produção de petróleo na camada pré-sal não vai diminuir a perspectiva de crescimento da produção de álcool no país. A afirmação foi feita hoje (4) pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, em seminário  promovido pela Associação de Analistas e Profissionais de Investimento do Rio de Janeiro (Apimec/RJ).

 

Para Tolamsquim, o pré-sal não afeta a matriz elétrica porque a tendência, com o aumento da produção de petróleo, é de exportar derivados. Ele acredita também que não haverá aumento do uso do petróleo no setor elétrico, porque as usinas térmicas a óleo são menos competitivas e poluem mais.

 


“O petróleo do pré-sal, certamente, será exportado. A matriz elétrica continuará renovável. O pré-sal é muito importante, mas não muda a matriz”, assegurou.

 

Ele lembrou que o uso principal do álcool é no transporte, onde o produto é bem competitivo. O álcool compete com a gasolina, com o barril de petróleo a US$ 40, afirmou. Como o Brasil tem uma política de manter os preços internos atrelados ao mercado internacional, Tolmasquim considerou difícil imaginar o petróleo com um valor menor que esse. Segundo avaliou, o álcool vai continuar sendo mais competitivo para os consumidores.

 

A EPE, órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, está revendo a previsão de consumo de álcool que, de acordo com o Plano Decenal de Energia, atingirá 64 bilhões de litros em 2017. Os estudos estão em curso. Tolmasquim estimou, no entanto, que o volume deve ficar um pouco abaixo desse número, “por causa da economia”.

 

Segundo ele, o modelo regulatório do pré-sal foi discutido amplamente com toda a sociedade e a imprensa noticiou o novo modelo praticamente antes de seu anúncio pelo governo federal. “Portanto, o que saía nos jornais era acompanhado de comentários de especialistas de análises. O debate está ocorrendo há muito tempo. Não começou agora”.

 

O presidente da EPE afirmou que a indústria tem emitido opiniões sobre o modelo e poderá apresentar sugestões agora no Congresso. Ele avaliou que 90 dias são um tempo bastante razoável para fazer alterações no modelo, “se necessário". Pode ter  bastante discussão em 90 dias”.

 

Tolmasquim disse que a Petrobras, como operadora do pré-sal,  traz o grande benefício para o país de ter conhecimento melhor dos recursos estratégicos. Os investimentos que a empresa fará em pesquisa e desenvolvimento “podem ter o efeito, guardadas as proporções, da Nasa [Agência Espacial dos Estados Unidos]”.

 

O modelo do pré-sal não afasta os investidores estrangeiros, acrescentou. Segundo Tolmasquim, a Petrobras está em todos os consórcios do pré-sal, associada a outras empresas.

 

 

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