Indústria

Pré-sal faz empresas mudarem de foco

Diante da perda de competitividade das exportações de muitos setores da indústria, as oportunidades de negócio do mercado doméstico geradas pelos investimentos no pré-sal têm sido uma alternativa de expansão de empresas dos mais variados ramo

Folha de São Paulo
27/09/2011 10:23
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Diante da perda de competitividade das exportações de muitos setores da indústria, as oportunidades de negócio do mercado doméstico geradas pelos investimentos no pré-sal têm sido uma alternativa de expansão de empresas dos mais variados ramos.

Muitas companhias ampliaram o foco de atuação e passaram a ser fornecedoras do segmento de óleo e gás.

De olho nos investimentos de R$ 224,7 bilhões da Petrobras até 2015 - dos quais R$ 53,4 bilhões só no pré-sal -, grupos como Odebrecht, Engevix, Caterpillar e Prysmian (ex-Pirelli Cabos) diversificaram negócios.

A empreiteira baiana criou a Odebrecht Óleo e Gás para prestar serviços como aluguel de plataformas e sondas de perfuração e manutenção. Estuda ainda instalar um estaleiro na Bahia em parceria com a OAS.

Originalmente da área de montagem de instalações industriais, a Engevix arrendou um estaleiro no Rio Grande do Sul e constrói para a Petrobras seis cascos para navios-plataformas do pré-sal. Gerson Almada, diretor do grupo, diz que serão investidos US$ 3,6 bilhões na instalação de "um complexo naval", com mais dois estaleiros em Rio Grande (RS). As unidades farão plataformas e sondas de perfuração. "O estímulo para investir no setor veio por conta do pré-sal e da política do governo de atender índices [de ao menos 60%] de nacionalização das encomendas da Petrobras", diz Almada.

Animadas com as encomendas de sondas da Petrobras, a Alusa (de linhas de tramissão de energia) e a empreiteira Galvão, em consórcio, também planejam construir um estaleiro.

Tradicional fornecedora de cabos elétricos, a Prysmian (ex-Pirelli Cabos) investiu R$ 250 milhões de reais em uma nova fábrica de dutos flexíveis (que ligam poços às plataformas) exclusivamente para atender à Petrobras, que firmou contrato de longo prazo com a companhia.

Armando Comparato, presidente da empresa, diz que a unidade, em Vila Velha (ES), pode ser duplicada. "Só no Brasil o grupo produz para o setor de petróleo e essa decisão se deveu ao pré-sal".

O pré-sal também atraiu o interesse de tradicionais fornecedores da indústria automobilística. É o caso da Voges (RS), fabricante de motores elétricos. A empresa investe numa linha de motores à prova de explosão para plataformas.

Já a Caterpillar passou a produzir motores a diesel para embarcações.


Petrobras

Segundo Oscar de Azevedo, diretor da Voges, a ideia é nacionalizar ainda a fabricação de mais dois equipamentos acoplados aos motores e usados para obter maior eficiência energética. Hoje, eles são importados e distribuídos pela empresa. "O pré-sal é uma grande oportunidade num momento em que a indústria perde competitividade por causa do câmbio. Muitas empresas estão se qualificando para atender à Petrobras", diz o executivo, que também é dirigente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul.
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