Dos US$ 224,7 bilhões que a Petrobras investirá nos próximos cinco anos, US$ 53,4 bilhões serão destinados ao pré-sal da Bacia de Santos, segundo o Plano de Negócios 2011-2015, aprovado na última sexta-feira (22) pelo Conselho de Administração da estatal. O volume supera os US$ 33 bilhões previstos no plano anterior, do quinquênio 2010-2014, mas ainda é inferior aos US$ 64,3 bilhões que a estatal destinará no período à região do pós-sal, principalmente à Bacia de Campos, a maior bacia petrolífera do país e que responde por mais de 80% de toda a produção nacional, da ordem de 2 milhões de barris por dia.
O novo plano de negócios da estatal, detalhado nesta segunda-feira (25) pelo presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, prevê que os investimentos na área de exploração e produção totalizarão, nos próximos cinco anos, US$ 117,7 bilhões, dos quais 65% serão destinados ao desenvolvimento da produção, 18% à área de exploração e 17% ao setor de infraestrutura.
O volume significará investimento anual superior a US$ 4 bilhões somente em exploração, enquanto US$ 12,4 bilhões serão destinados às áreas da cessão onerosa, usada pelo governo para capitalizar a estatal. Na avaliação de José Sergio Gabrielli, a produção da Petrobras no pré-sal em 2015 deverá atingir 543 mil barris por dia, com a cessão onerosa respondendo por 13 mil barris por dia. Este volume saltará para 845 mil barris por dia até 2020, quando a estatal espera produzir, somente nos campos do pré-sal, 1,148 milhão de barris de petróleo por dia.
As projeções da Petrobras indicam, por outro lado, que a companhia produzirá 3,993 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás) por dia em 2015, dos quais 3 milhões somente de petróleo. Já em 2020, Gabrielli avaliou que a companhia deve extrair 4,91 milhões de barris de petróleo por dia.