Gazeta Mercantil
Em um momento de forte busca por ativos de mineração, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou ontem (23) que poderá vender parte ou a totalidade de sua participação na Nacional Minérios S.A. (Namisa). A companhia anunciou que contratou a Goldman Sachs como assessoria financeira na potencial venda. Nenhum executivo foi encontrado para dar mais explicações, já que o diretores estão no Japão, segundo informou a empresa.
Grandes mineradoras e siderúrgicas têm avaliado jazidas de minério de ferro no Brasil. Mês passado, representantes da siderúrgica indiana Tata Steel estiveram no País e conversaram com a CSN e a Companhia Vale do Rio Doce para eventuais parcerias justamente na área de mineração.
Também a gigante siderúrgica Arcelor Mittal tem planos de expandir-se na produção de minério de ferro para cerca de 70% de suas necessidades e a ampliação de suas atividades no Brasil poderia ser natural, já que as reservas de minério de ferro brasileiras são abundantes e de ótima qualidade. A BHP também já se mostrou interessada em ativos justamente na região em que a Namisa tem operações, no Quadrilátero Ferrífero (MG).
O diretor das operações de minério de ferro da BHP Billiton, Ian Ashby, disse na semana passada, que a companhia estava avaliando ativos no País. A empresa estaria interessada não apenas em reservas como também em ativos em operação, "se o preço estiver bom", acrescentou o presidente da BHP no Brasil, Sebastião Ribeiro.
A Namisa foi criada no final de 2006 para comprar e vender minério de terceiros, principalmente da região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. Em julho do ano passado a empresa adquiriu a Companhia de Fomento Mineral (CFM) por US$ 440 milhões. Somente para este ano a previsão é de que a subsidiária de mineração produzirá 6,5 milhões de toneladas e venderá outros 7 milhões de toneladas de terceiros.
Segundo a CSN, o plano de negócios da empresa prevê a utilização de recursos minerais e de logística disponíveis, incluindo reservas de minério de ferro próprias e contratos com terceiros, para aumentar sua capacidade de venda e exportação de minério de ferro dos atuais 14 milhões de toneladas por ano para até 40 milhões de toneladas anuais em 2012. Os investimentos na empresa podem atingir US$ 265 milhões até 2011.
A CSN destacou que a Namisa não possui todos os ativos de mineração da companhia. De fato, a mina Casa de Pedra não está atrelada à subsidiária. A empresa afirmou que a venda desse ativo "não deverá impactar qualquer operação futura de mercado de capitais envolvendo ativos de mineração de propriedade da Companhia Siderúrgica Nacional, que continuarão a ser parte da sua estratégia. "A empresa tem planos de abrir o capital de Casa de Pedra.
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