<P>Depois de cinco anos consecutivos acumulando prejuízo, o Complexo Industrial Portuário de Suape registrou lucro de R$ 3,1 milhões nas suas operações em 2007. </P><P>O resultado foi motivado pelo incremento de 30% na movimentação de cargas do complexo, que atingiu 7 milhões de toneladas no...
Jornal do Commercio/PEDepois de cinco anos consecutivos acumulando prejuízo, o Complexo Industrial Portuário de Suape registrou lucro de R$ 3,1 milhões nas suas operações em 2007.
O resultado foi motivado pelo incremento de 30% na movimentação de cargas do complexo, que atingiu 7 milhões de toneladas no ano passado, superando as 5,3 milhões de toneladas de 2006. O lucro líquido também apresentou expansão, atingindo R$ 2,2 milhões, enquanto o ano anterior tinha deixado um prejuízo de R$ 3,3 milhões.
Desde 2002, a receita operacional (relativa à atividade-fim, que é a cobrança de tarifas pela movimentação de cargas) vinha apresentando resultados negativos, com prejuízos maiores em 2003 (R$ 4,2 milhões) e em 2006 (R$ 4,6 milhões), destaca o superintendente administrativo-financeiro de Suape, Francisco Claudino. Ele também destaca que o desempenho negativo se estendeu ao lucro líquido nos últimos cinco anos, que só apresentou sinal positivo em 2005 (R$ 1,5 milhão).
A receita operacional do porto cresceu 20%, passando de R$ 27,5 milhões para R$ 33 milhões, enquanto as despesas foram reduzidas em 7%, saindo de um patamar de R$ 32,5 milhões para R$ 30,2 milhões. A determinação do governador Eduardo Campos é que as secretarias e instituições do governo estadual diminuam as despesas em 20%.
Como Suape está em plena expansão, não é possível uma redução a um nível tão alto, porque o porto necessita de uma série de investimentos para não estancar seu desenvolvimento, pondera Claudino. Em 2006, os investimentos no complexo somaram R$ 102 milhões, contra R$ 104,4 milhões do ano passado.
MAIS RECEITA
O porto também comemora a redução do comprometimento da receita com despesas de custeio (a exemplo do pagamento da folha salarial) e de contratação de serviços e insumos (que historicamente era de 90% e chegou a 76% em 2007). ?Isso significa dizer que em 2006, quando tivemos uma receita de R$ 27 milhões, 92% ficou comprometido com o custeio e sobrou apenas 8% para investimentos em infra-estrutura. Já no ano passado, da receita de R$ 33 milhões ficamos com 34% para obras?, explica Claudino.
Outra estratégia de Suape é aumentar a receita por meio da cobrança de novas tarifas portuárias. Uma delas, que começou a ser praticada este ano, vai permitir um incremento de R$ 2,4 milhões no caixa do complexo em 2008. Trata-se da tarifa de uso da infra-estrutura terrestre de cargas que chegam e saem do porto por modal rodoviário, como álcool, biodiesel e óleo vegetal. Antes, essas cargas que não chegavam ao porto por meio de navios, eram isentas da taxa.
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