<P>O Rio Grande do Norte deverá ser lembrado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, como o estado que teve a primeira obra portuária concluída: o Porto Ilha, em Areia Branca, teve sua capacidade dobrada e agora pode receber navios de até 75 mil toneladas. A mudanç...
Tribuna do Norte- RNO Rio Grande do Norte deverá ser lembrado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, como o estado que teve a primeira obra portuária concluída: o Porto Ilha, em Areia Branca, teve sua capacidade dobrada e agora pode receber navios de até 75 mil toneladas. A mudança deverá dar impulso para o terminal salineiro recuperar o movimento que vem caindo nos últimos anos.
Em uma obra feita 34 anos depois de sua construção e que durou oito meses, foram aplicados R$ 26 milhões em recursos federais para fazer com que o Porto Ilha - chamado assim por ser dentro do mar, sem ligação com praia - pudesse receber navios maiores. Antes, o limite para atracação era de embarcações de 37,5 mil toneladas. Com as obras, que terminaram no fim do mês passado, navios maiores podem parar para serem totalmente carregados ou completarem sua carga com sal potiguar (com a capacidade menor, navios maiores apenas parcialmente ocupados não podiam parar).
Segundo a Companhia Docas do RN (Codern, que administra o terminal), essa obra deverá garantir uma boa utilização do porto por mais 15 anos. O presidente da empresa, Emerson Fernandes, destaca que, além da melhoria de infra-estrutura para o estado, a ampliação tem um valor simbólico para o RN: será a primeira obra do PAC - programa do governo federal para crescimento do país até 2010 - que já está pronta na área portuária. O porto já está funcionando: ontem havia um navio de 51 mil toneladas sendo carregado. Mas, para ?coroar? a conquista, a Codern quer uma inauguração oficial com o ministro da Secretaria Especial dos Portos, Pedro Brito, ou o próprio presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Retomada
As dezenas de dias de paralisação necessária às obras e a concorrência com o sal chileno fizeram o movimento no Porto Ilha cair cerca de 7% no ano passado. Mas em 2006, a quantidade de sal movimentada no terminal já havia caído 11% em relação a 2005, quando 2,3 milhões de toneladas foram transportadas.
Emerson acredita que a ampliação do porto ajudará a reverter esse quadro, incentivando produção e demanda. Mas, para crescer acima disto, serão necessários outros R$ 110 milhões, principalmente para aumentar a capacidade de armazenamento do terminal. Segundo Emerson, os projetos iniciais para estas obras já foram feitos e estão sendo mantidos entendimentos com a SEP para que ainda este ano se elabore um projeto executivo.
O presidente da Codern destacou que o Porto Ilha é de fundamental importância para o estado, tendo em vista que o RN produz 97% do sal consumido no país (tanto para consumo humano quanto para indústrias) e que 20 mil pessoas são empregadas diretamente na cadeia da salicultura.
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