<P>O Porto de Itajaí (SC) precisará contratar uma nova obra de dragagem para voltar a ter 11 metros de profundidade e operar com sua capacidade total. O consórcio Draga Brasil, que iniciou uma dragagem emergencial no fim do ano passado, por conta das enchentes de novembro, deu por cumprida a obra...
Valor EconômicoO Porto de Itajaí (SC) precisará contratar uma nova obra de dragagem para voltar a ter 11 metros de profundidade e operar com sua capacidade total. O consórcio Draga Brasil, que iniciou uma dragagem emergencial no fim do ano passado, por conta das enchentes de novembro, deu por cumprida a obra no último dia 28, depois de ter atingido o volume de sedimentos contratado pela Secretaria Especial de Portos (SEP). A profundidade, contudo, ainda não voltou aos 11 metros que existia antes do impacto das águas, e isso virou um novo problema para o porto.
Informações não-oficiais indicam que uma obra de dragagem para 300 mil metros cúbicos de sedimentos que ainda restam poderá custar cerca de R$ 3 milhões. A SEP não se pronunciou e o porto informou, por comunicado, que gestionava com empresas a nova dragagem.
O contrato da SEP com o Draga Brasil foi fechado em dezembro e estipulava a retirada de 2,2 milhões de metros cúbicos de sedimentos. Em abril, foi acertado um aditivo de até 30 dias para dragagem de mais 1,1 milhão de metros cúbicos (50% do volume inicialmente contratado) e isso foi cumprido no dia 28 de abril, segundo informações do consórcio Draga Brasil e da própria SEP.
O presidente da DTA Engenharia, uma das empresas do consórcio, João Acácio de Oliveira Neto, explica que as dragas pararam porque foi atingido o limite estipulado por contrato. Não poderíamos dragar além do volume que está estabelecido pois não receberíamos a mais por isso, afirmou, acrescentando que a parada ocorre mesmo sem ter atingido a profundidade esperada porque o contrato foi definido por volume de sedimentos retirados, como acontece em todos os demais contratos nacionais de dragagem.
A assessoria de imprensa do porto informou que o superintendente Antônio Ayres reúne-se neste início de semana com representantes da SEP para que a responsabilidade de uma nova dragagem seja transferida ao porto - cuja administração é municipal - e ele possa contratar a obra. Atualmente, com a profundidade aquém do necessário à plena operação, os navios que chegam aos portos da região (Itajaí e Navegantes) operam com menor volume de carga para que consigam realizar as manobras de atracação.
Segundo Oliveira Neto, as obras de dragagem deixaram o canal interno do porto em 11 metros de profundidade, o canal externo ficou com 12 metros e a bacia de evolução ficou com 10,5 metros. Inicialmente, a obra foi contratada em R$ 17,5 milhões. Com o aditivo, passou para R$ 25 milhões.
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