Offshore

Poli/USP formará operadores de ROV

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) firmou parceria com o Fisheries and Marine Institute do Canadá para oferecer um curso técnico que vai formar profissionais para operar ROV, sigla em inglês para veículo submarino operado remotamente

Ascom USP
11/11/2013 16:28
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A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) firmou parceria com o Fisheries and Marine Institute do Canadá para oferecer um curso técnico que vai formar profissionais para operar ROV, sigla em inglês para veículo submarino operado remotamente. Trata-se de um equipamento indispensável para as operações de exploração e produção de petróleo na camada do pré-sal. O instituto é um importante centro internacional formador de profissionais para ROV. O curso deve ser oferecido no novo campus da USP em Santos, no litoral paulista, e parte das aulas será realizada no instituto canadense.

O Brasil não conta com cursos públicos para formar os operadores e a demanda por esse tipo de profissional se ampliou com a descoberta de novas reservas de petróleo. "As principais operadoras do setor devem precisar de até dois mil novos operadores de ROVs até 2020", conta o professor Giorgio de Tomi, do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Poli, que coordena o projeto Academia ROV, como foi batizada esta iniciativa.

Os ROVs mais utilizados no setor de petróleo são do tamanho aproximado de um automóvel. "As atividades de instalação, montagem, acompanhamento, controle e manutenção das estruturas utilizadas na exploração e produção do petróleo no mar são feitas de forma remota, utilizando-se o ROV", explica. O ROV é responsável, por exemplo, por posicionar a sonda de perfuração no fundo do oceano.


Busca de parceiros

Para viabilizar o curso, será necessário ainda ter o apoio do setor privado, com recursos para infraestrutura e bolsas de estudo. Um ROV - que pode custar até US$ 4 milhões - deverá ser doado para o treinamento nas aulas - algo que já está sendo negociado com uma empresa do setor. O processo seletivo para a primeira turma deverá ser realizado no começo ou em meados de 2014, a depender da adesão das empresas ao projeto.

Poderão se candidatar pessoas que tenham o segundo grau completo. Haverá uma prova de conhecimentos gerais, uma prova de inglês, que será classificatória, análise do currículo e entrevista. Habilidade em comunicação, bom relacionamento interpessoal e capacidade de trabalhar em equipe terão peso grande na seleção. "Essas competências são essenciais porque os operadores de ROV trabalham nas plataformas, onde precisam conviver por muito tempo com as mesmas pessoas", explica.

O inglês, apesar de desejável, não será empecilho para os estudantes, diz o professor. Candidatos bem classificados, mas com pouca fluência nesta língua, poderão fazer o curso de inglês enquanto estão estudando no Brasil, além de terem um intervalo de três meses antes de iniciar as aulas no exterior para fazer um intensivo em inglês no Canadá.

O curso é integral, com duração de cinco semestres e estágio obrigatório em empresa. Ao longo do curso, os alunos vão estudar física, matemática, comunicação oral, eletrotécnica e oceanografia, sistema, operação e manutenção de ROVs, segurança e inspeção elétrica, hidráulica, lançamento e recuperação, comunicação eletrônica, controle eletrônico, segurança e pilotagem.
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