Como a matéria-prima do pólo é o gás, se houver grande variação no preço, precisaremos rever as contas e avaliar se o empreendimento continuaria sendo competitivo tal como foi estruturado", diz Terabe.
As possíveis alterações na política do gás da Bolívia podem afetar o planejamento do pólo gás-químico da fronteira. "Como a matéria-prima do pólo é o gás, se houver grande variação no preço, precisaremos rever as contas e avaliar se o empreendimento continuaria sendo competitivo tal como foi estruturado", informa presidente da Petroquisa, Kuniyuki Terabe.
O executivo afirma, entretanto, que o principal problema seria de cronograma, devido a revisões. Segundo ele, as diretorias de Abastecimento - setor Petroquímica - e Internacional da Petrobras, responsáveis pela gestão do projeto, continuam os procedimentos de análises técnicas, envolvendo localidade, tipo de tecnologia, etc. "São temas que não dependem de soluções políticas, mas que também levam tempo", resume.
Entre o que já está definido no projeto do pólo da fronteira é que as empresas participantes do empreendimento serão a Petrobras, a Repsol e Braskem. No entanto, ainda não há definição sobre os percentuais acionários de cada empresa.
No estudo preliminar, o início de operação do pólo estava previsto para 2009 ou 2010, antes das turbulências no país andino. A previsão de volume de produção seria entre 500 mil toneladas na primeira etapa e poderia chegar a 700 ou 800 mil toneladas de polietileno por ano. O investimento seria em torno de US$ 1,3 bilhão.
Para o executivo, a inviabilidade do projeto é muito improvável, principalmente porque a Petrobras, o Brasil e a Bolívia têm grande interesse que o pólo seja construído. Segundo o executivo é um benefícios para ambos os países.
As informações foram divulgadas durante a cerimônia de assinatura do termo de investimento de ampliação da Polibrasil, realizada nesta terça-feira (29/03) no Palácio Guanabara.
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