Investimentos

Plano de Desenvolvimento que prevê R$ 33 bilhões em investimentos no ES, é divulgado pela Findes

Redação TN Petróleo/Assessoria
30/11/2020 13:14
Plano de Desenvolvimento que prevê R$ 33 bilhões em investimentos no ES, é divulgado pela Findes Imagem: Divulgação Findes Visualizações: 590

Cris Samorini (foto), da Findes e o governador do Estado, Renato Casagrande, ao lado de demais autoridades e lideranças empresariais e da sociedade civil, lançaram na última quinta-feira (26) o Plano Espírito Santo – Convivência Consciente, um conjunto de ações envolvendo o poder público e o setor produtivo para promover o desenvolvimento econômico e reduzir os impactos da pandemia de Covid-19.

O plano prevê R$ 32,9 bilhões em investimentos dos governos estadual e federal e do setor privado, até o final de 2022. A estimativa é de que sejam criadas mais de 100 mil vagas de emprego.

A iniciativa é resultado de um grande pacto que foi selado entre o poder público e o setor produtivo para o enfrentamento dos desafios impostos pela pandemia, exigindo que as ações sejam executadas a partir de uma visão interdisciplinar e multisetorial com foco em respostas inovadoras.

InstitucionalAo todo, serão sete eixos de atuação: Desburocratização; Medidas Tributárias; Crédito e Financiamento; Monitoramento dos Impactos na Economia; Aceleração dos Investimentos Públicos e Privados; Inovação e Tecnologia e Geração de Emprego e Renda.

“Chegamos a nove meses de gestão com esse desafio e precisamos aprender a conviver com a pandemia. Nossa orientação tem sido sempre debater com todos os setores para mitigar os impactos à sociedade capixaba. Para isso, criamos este Plano, em que temos a previsão de gerar 100 mil empregos para que possamos enfrentar esse ano de 2021, que também será de convivência com a pandemia, pois ainda não existe um plano de imunização nacional por parte do governo federal”, lembrou o governador.

A presidente da Findes, Cris Samorini, lembrou que um plano estruturado voltado ao desenvolvimento é uma reivindicação antiga da indústria.

“Estamos trabalhando juntos há muitos meses. Temos mantido um ótimo diálogo com o governo. O momento é favorável: há quatro meses seguidos o Índice de Confiança do Empresário Industrial demonstra que o empresário está otimista. Mesmo na pandemia, temos visto o anúncio de novos investimentos. A Garoto anunciou em setembro que vai investir R$ 200 milhões na expansão e modernização da unidade de Vila Velha, que será o centro mundial de inovação em chocolates da Nestlé. A Café Cacique está investindo R$ 240 milhões em Linhares. A Biancogrês está investindo R$ 150 milhões na Serra. Temos o Porto da Imetame e a retomada da Samarco. Agora, precisamos de investimentos em infraestrutura, nas BRs 262 e 101, e em ferrovias”, observou.

Da Findes, também acompanharam o evento o vice-presidente, Paulo Baraona, o diretor geral da Federação, Roberto Campos, e o economista-chefe e diretor executivo do Ideies, Marcelo Saintive.

Corredor Centro-Oeste

Cris Samorini citou que, no início desta semana, participou da comitiva capixaba, liderada pelo governador Casagrande, que se reuniu com os chefes do Executivo estadual de Minas Gerais e Goiás para tratar de temas diretamente ligados à infraestrutura.

“Estivemos com os governadores de Minas e Goiás para consolidar o Corredor Centro-Leste, para atrair cargas para os portos do Espírito Santo. Com este plano, com a união entre o setor produtivo e o Governo estadual, estamos certos de que damos um passo decisivo para a retomada da economia, para um novo ciclo de prosperidade, para gerar novos negócios, com emprego, renda e bem-estar para a sociedade capixaba”, afirmou a presidente da Findes.

Parceria entre governo e setor produtivo

Casagrande reforçou a importância da parceria entre o Governo do Estado com o setor produtivo em várias ações ao longo da pandemia:

“Adotamos diversas medidas que tiveram colaboração da iniciativa privada para reduzir o impacto social, como o Programa ES Solidário; desenvolvemos diversos trabalhos na área econômica ampliando prazos, diminuindo a burocracia e criando linhas de crédito. Abrimos mais de 1500 leitos de UTI e enfermaria, estruturando nossos hospitais próprios, que se mostrou uma decisão muito acertada, pois estamos em uma nova fase da pandemia e nossos hospitais continuam estruturados. Mesmo na pandemia procuramos não perdemos os pilares que deixaram o Espírito Santo em uma posição de destaque e credibilidade com uma gestão fiscal de referência. Estamos lançando este Plano Espírito Santo – Convivência Consciente para que possamos conviver de forma consciente com a pandemia, enfrentá-la e vencê-la”, pontuou Casagrande.

Durante a cerimônia de lançamento do Plano Espírito Santo – Convivência Consciente, foram assinados decretos, protocolos de intenção entre o Governo do Estado e a indústria, além do projeto de lei do “Projeto Gerar”, que marcará a mudança da matriz energética no Espírito Santo. O evento contou com a palestra do especialista em finanças e comentarista da Rádio CBN, Luiz Gustavo Medina.

Indústria investe R$ 5,8 bilhões

Os investimentos totais do plano são de R$ 32,9 bilhões e somente a indústria investirá R$ 5,8 bilhões. Cris Samorini citou diversos investimentos, entre eles:

O retorno da Samarco.

A Log-In anunciou em outubro que vai investir R$ 120 milhões em equipamentos, obras e inovação, ao renovar o contrato do TVV.

– A Suzano está investindo R$ 120 milhões na fábrica de papel de Cachoeiro e R$ 900 milhões no retrofit em Aracruz.

– A Chocolates Garoto está investindo R$ 200 milhões na unidade de Vila Velha, que será o centro mundial de inovação em Chocolates da Nestlé.

– A Café Cacique está investindo R$ 240 milhões em nova unidade em Linhares

– A Biancogrês vai investir R$ 150 milhões na Serra.

A WEG está investindo R$ 148 milhões na unidade de Linhares.

– A Britânia está investindo R$ 394 milhões em nova fábrica também em Linhares.

A presidente da Findes destacou que o setor de petróleo e gás, que representa 20% do PIB industrial do Estado, é outra área que deve impulsionar a retomada da economia.

Institucional

O Reate (programa de reativação dos poços em terra, da Petrobras) deverá gerar investimentos da ordem de R$ 300 milhões por ano no ES. A produção em terra deve aumentar 5 vezes, de 10 mil para 50 mil barris por dia nos próximos 10 anos. A Karavan adquiriu em setembro 27 poços de petróleo no Pólo Cricaré, no norte do Estado, uma operação de R$ 640 milhões.

Apagão de mão de obra

Um ponto de atenção que Cris Samorini abordou, ao falar sobre o plano de retomada, é o risco de apagão de mão de obra. No Brasil, segundo dados do IBGE, de 2019, 22% de jovens entre 15 e 29 anos nem estudam, nem trabalham. No ES, esse índice é de 18%. Ou seja, praticamente um em cada cinco jovens de 15 a 29 anos não estuda nem trabalha.

“Temos feito um trabalho relevante no Senai para qualificar os profissionais para o mercado. Essa qualificação está conectada com as necessidades atuais das indústrias e com as habilidades necessárias para o futuro do trabalho. A oferta dos cursos está baseada na empregabilidade dos alunos que concluem seus estudos”, disse Cris.

Ela mencionou também a parceria com o governo estadual, para a implantação do novo ensino médio.

“O objetivo é operar no modelo do novo ensino médio, com ensino médio e técnico integrado, em 10 municípios. A escolha dos municípios foi do governo estadual, e os cursos serão oferecidos de forma gratuita. A rede Sesi/Senai é pioneira no oferecimento do novo ensino médio. A adoção desse novo ensino permitirá que o jovem opte por uma formação profissional e técnica dentro da carga horária do ensino médio regular. Ao final dos três anos, o aluno será certificado no ensino médio e no curso técnico ou nos cursos profissionalizantes que escolheu. Essa oferta é muito importante por ser uma ligação direta entre o estudante e o mercado de trabalho da indústria”, destacou Cris.

InstitucionalEspírito Santo em Dados

O Espírito Santo se mantém no caminho certo, destacou o governador Casagrande na solenidade de lançamento do plano nesta quinta, e se destaca por ter um Fundo Soberano, que contribui para atração de investimentos estratégicos para o Estado e a geração de empregos e renda para os capixabas.

– O Espírito Santo é Nota A quanto à capacidade de pagamento (Capag) desde 2012 pela Secretaria do Tesouro Nacional;

– É o 5º estado mais competitivo, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados = elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP);

– É o estado com menor tempo de espera para abertura de nova empresas da Região Sudeste, de acordo com dados da RedeSim;

– Teve a melhor avaliação do Ensino Médio da Rede Pública do País no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos últimos 10 anos;

– Possui incentivos fiscais estabelecidos por lei e homologados pelo Conselho Nacional de Política Pública Fazendária (Confaz), como o Programa de Incentivo ao Investimento (Invest-ES) e o Programa de Desenvolvimento e Proteção à Economia (Compete-ES) que garantem segurança jurídica aos investidores.

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