Jornal do Commercio
Um dos mais importantes empreendimentos anunciados para o Estado, a Petroquímica Suape, teve a sua terraplenagem iniciada ontem. Para aproveitar o período de poucas chuvas, a unidade começou a obra mesmo sem ter resolvido pendências tributárias, que ameaçam o plano de negócio. A previsão é que o serviço fique pronto no dia 7 de maio e a obra sendo realizada pela pernambucana Lidermac.
De acordo com o novo cronograma da Petroquímica Suape, a colocação de estacas só terá início no mês de abril. A terraplenagem, em sua fase inicial, faz a raspagem do terreno. “Na semana que vem é que entram as máquinas de movimentação de terra”, observa o superintendente da Petroquímica Suape, Richard Ward. A empresa está gastando R$ 6 milhões com o serviço, que vai se estender pelos 18 hectares arrendados de Suape e está ocupando 30 pessoas.
O nó que atrasou o início da obra – previsto para 2007 – é uma complicada questão tributária. A Petroquímica, um investimento de US$ 632 milhões, pretende fornecer ácido tereftálico purificado (PTA) para a Mossi & Ghisolfi (M&G) e para a futura planta de fios de poliéster, também prevista para se instalar em Suape. Mas a M&G importa o PTA e tem diferimento (adiamento) no Imposto de Importação, pagando apenas na venda final do produto. E a empresa tem benefício fiscal do Prodepe, economizando até 85% de ICMS.
Para fazer o PTA no Brasil, a Petroquímica deverá comprar matéria-prima dentro do país, recolhendo o imposto. A companhia pede medidas para igualar a competitividade em relação ao produto que vem de fora. “O governo do Estado está trabalhando nestas questões, abrindo a possibilidade de vender os créditos acumulados de ICMS e fazer acordos entre os Estados”, comentou Ward. A previsão dele é precisar, este ano, de US$ 300 milhões, e vai buscar financiamento do BNDES. A fase de construção vai gerar 3.000 empregos.
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