Petróleo e Gás

Petronas adia planos de explorar blocos no Brasil

E deve voltar a investir em 2015.

Agência Estado
05/12/2013 19:50
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A tentativa frustrada de investir em blocos exploratórios de petróleo no Brasil não tirou o apetite da petroleira Petronas, da Malásia, de fazer suas apostas no país.
A companhia, contudo, decidiu tirar o pé do acelerador e só deverá analisar futuros leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para blocos exploratórios no longo prazo, disse Guilherme de Paula, presidente da Petronas para América Latina.
"Os planos de investimentos em blocos exploratórios no Brasil estão em 'stand-by'", afirmou o executivo. Voltar ao jogo nesse setor deverá ser em 2015.
O projeto da companhia para esse setor era ambicioso. Em maio, a Petronas anunciou a compra de 40% dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, localizados na bacia de Campos, referentes ao campo de Tubarão Martelo, da OGX, empresa de óleo e gás do empresário Eike Batista. No mês passado, oficializou a rescisão de contrato, uma vez que a OGX entrou em recuperação judicial.
O foco da petroleira agora ficará concentrado no segmento de lubrificantes, no qual a Petronas ocupa a sexta posição no país. "Apesar de ser um negócio relativamente pequeno, é uma operação muito ligada à tecnologia e à marca do produto".
Em 2012, a fatia da Petronas nesse segmento ficou em 8,6%, atrás das gigantes BR Distribuidora (Petrobras), com 24,1% de participação; Ipiranga (Ultra), com 16,8%; Cosan (15,5%); Shell, 14,1%; e Chevron, 13,1%, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom). A comercialização de óleos lubrificantes totalizou 1,382 bilhão de litros, segundo dados da ANP.
A petroleira malaia reservou R$ 300 milhões de investimentos nesse segmento até 2017, dos quais R$ 160 milhões serão feitos no Brasil. A meta é ficar entre as cinco maiores nos próximos anos.
Com a marca Selenia, seu carro-chefe, a Petronas vai investir em mídia para consolidar a marca no país. Ao contrário das gigantes do setor que atuam nesse segmento, a companhia não tem canal próprio de distribuição. A expansão vai se dar por meio de parcerias com redes de postos independentes. O país conta com cerca de 36 mil posto de combustíveis, dos quais metade não está ligado a redes. 
A operação de lubrificantes do grupo fica em Contagem (MG), com capacidade de 220 milhões de litros por ano. A empresa exporta para 15 países. O volume de produção atual é de 140 milhões de litros/ano. Aquisições futuras não estão descartadas nos próximos anos. Os países latino-americanos entram como principal alvo, segundo o executivo.

A tentativa frustrada de investir em blocos exploratórios de petróleo no Brasil não tirou o apetite da petroleira Petronas, da Malásia, de fazer suas apostas no país.

A companhia, contudo, decidiu tirar o pé do acelerador e só deverá analisar futuros leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para blocos exploratórios no longo prazo, disse Guilherme de Paula, presidente da Petronas para América Latina.

"Os planos de investimentos em blocos exploratórios no Brasil estão em 'stand-by'", afirmou o executivo. Voltar ao jogo nesse setor deverá ser em 2015.

O projeto da companhia para esse setor era ambicioso. Em maio, a Petronas anunciou a compra de 40% dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, localizados na bacia de Campos, referentes ao campo de Tubarão Martelo, da OGX, empresa de óleo e gás do empresário Eike Batista. No mês passado, oficializou a rescisão de contrato, uma vez que a OGX entrou em recuperação judicial.

O foco da petroleira agora ficará concentrado no segmento de lubrificantes, no qual a Petronas ocupa a sexta posição no país. "Apesar de ser um negócio relativamente pequeno, é uma operação muito ligada à tecnologia e à marca do produto".

Em 2012, a fatia da Petronas nesse segmento ficou em 8,6%, atrás das gigantes BR Distribuidora (Petrobras), com 24,1% de participação; Ipiranga (Ultra), com 16,8%; Cosan (15,5%); Shell, 14,1%; e Chevron, 13,1%, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom). A comercialização de óleos lubrificantes totalizou 1,382 bilhão de litros, segundo dados da ANP.

A petroleira malaia reservou R$ 300 milhões de investimentos nesse segmento até 2017, dos quais R$ 160 milhões serão feitos no Brasil. A meta é ficar entre as cinco maiores nos próximos anos.

Com a marca Selenia, seu carro-chefe, a Petronas vai investir em mídia para consolidar a marca no país. Ao contrário das gigantes do setor que atuam nesse segmento, a companhia não tem canal próprio de distribuição. A expansão vai se dar por meio de parcerias com redes de postos independentes. O país conta com cerca de 36 mil posto de combustíveis, dos quais metade não está ligado a redes. A operação de lubrificantes do grupo fica em Contagem (MG), com capacidade de 220 milhões de litros por ano. A empresa exporta para 15 países. O volume de produção atual é de 140 milhões de litros/ano. Aquisições futuras não estão descartadas nos próximos anos. Os países latino-americanos entram como principal alvo, segundo o executivo.

 

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