<P>A Petrobras vai lançar, ainda este ano, licitação para construção de 100 pequenas embarcações que serão afretadas para prestar serviço à área de Exploração e Produção da empresa. O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, apresentou o projeto, em palestra na sede da Transpet...
Jornal do CommercioA Petrobras vai lançar, ainda este ano, licitação para construção de 100 pequenas embarcações que serão afretadas para prestar serviço à área de Exploração e Produção da empresa. O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, apresentou o projeto, em palestra na sede da Transpetro, como um programa gigantesco de embarcações de apoio.
O diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa, detalhou o projeto e disse que os pequenos navios serão embarcações de apoio, do tipo supply boats. Segundo ele, serão navios menores, rebocadores, barcos de manuseio de âncoras, que vão ser construídos no Brasil em estaleiros menores.
Costa explicou que a previsão é de 100 navios pequenos, mas o número final ainda não está fechado e a licitação deverá ser lançada ainda este ano. O diretor disse que os navios serão todos afretados, como é estratégia comum na Petrobras. É o mesmo sistema, embarcações de longo prazo, afretadas no Brasil, mas com bandeira brasileira, afirmou.
O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disse que essa nova licitação estimula um outro tipo de estaleiro, diferente dos que fazem grandes navios, e poderá abranger outras regiões do Brasil. O Brasil está voltando de forma definitiva a participar desse mercado, disse ele, que explicou, porém, que a Transpetro não fará parte desse processo, mas apenas dos grandes navios em curso.
Segundo Machado, o preço do aço produzido no Brasil ainda está muito alto para tornar a indústria de navios competitiva. Temos interesse em comprar o aço no País, mas de modo que nossa indústria possa ser competitiva, disse. Recentemente, os estaleiros fornecedores da Transpetro fizeram uma negociação de 18 mil toneladas de aço com a Ucrânia. Nós queremos comprar no Brasil, mas sem que isso prejudique a indústria naval brasileira, afirmou.
Machado reafirmou ontem que a segunda fase do Programa de Modernização da Frota de petroleiros da estatal deverá dveerá licitar de 16 a 25 navios de grande porte. A primeira fase ofertou 26 embarcações, das quais 23 já estão contratadas. Segundo ele, a segunda fase deverá ser lançada ainda neste primeiro semestre.
Crise. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem (18) que a crise financeira nos Estados Unidos não afetará o plano de investimentos da companhia, mas deve criar alguma dificuldade na busca por financiamentos. A Petrobras ainda planeja captar US$ 5 bilhões este ano e, segundo Gabrielli, a aversão ao risco no mercados globais pode atrapalhar os planos.
Para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a crise também não deve prejudicar a atração de investimentos para o setor elétrico brasileiro. É evidente que precisamos acompanhar com detalhes o que está acontecendo. Ela (a crise) pode afetar a liquidez do mercado, disse Gabrielli, em entrevista antes de participar de seminário no Rio. Ele afirmou, porém, que a companhia tem opções para custear seus investimentos, como, por exemplo, o uso de capital próprio. Nossa diretoria financeira terá que fazer um ajuste mais fino, comentou.
Gabrielli afirmou que o plano estratégico da empresa conta com uma geração de caixa de US$ 104,4 bilhões até 2012. O cálculo foi feito com o barril de petróleo a US$ 35 por barril. Ou seja, cada dólar acima disso representa ganho adicional para a empresa. O plano de investimentos, cuja revisão anual será divulgada no início do segundo semestre, soma US$ 112,4 bilhões no período.
O presidente da Petrobras admitiu que a extensão da crise americana, que levou o tradicional banco Bear Sterns à bancarrota, o surpreendeu.
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