Em apresentação realizada durante o XX Fórum Nacional, no BNDES, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, falou sobre como a estatal chegou à posição de terceira maior empresa em valor de mercado das Américas, e como prepara-se para ser um dos grandes players mundiais. Comparada com
Agência PetrobrasEm apresentação realizada durante o XX Fórum Nacional, no BNDES, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, falou sobre como a estatal chegou à posição de terceira maior empresa em valor de mercado das Américas, e como prepara-se para ser um dos grandes players mundiais. Comparada com as principais concorrentes do setor de petróleo, a Petrobras possui, atualmente, a 4ª maior reserva provada, com 11,7 bilhões de barris de óleo equivalente.
Estes números não incluem as recentes descobertas nos campos do pré-sal: Tupi, Júpiter, Carioca e Bem-te-vi. Gabrielli traçou um panorama da atuação e desenvolvimento da companhia no mercado interno e internacional e comentou os desafios da exploração de novas reservas.
“Existem elementos a destacar no desempenho da Petrobras: estamos fortemente ancorados no mercado brasileiro e crescendo, não em áreas marginais mas no centro do desenvolvimento tecnológico. Temos muita possibilidade de avançar no crescimento e puxar outros para nos seguir, sejam fornecedores brasileiros ou internacionais. Outro item que caracteriza nossa expansão é estarmos muito bem situados em dois segmentos que são vitais para o futuro da humanidade o petróleo e os biocombustíveis”.
A Petrobras teve um crescimento de 171% no ano passado e atualmente é a 4ª maior empresa entre aquelas do setor com ações negociadas em bolsa. Tem a 7ª maior produção de gás, e é a segunda maior em tempo de vida útil das reservas. Segundo o presidente, a Petrobras é singular no mercado mundial. “ Entre as grandes empresas estatais de petróleo somos a única com 85% da receita vinda do mercado interno a única com 85% da produção destinada ao um sistema de refino a 200 ou 300 milhas da área produtora e que está dentro do mercado consumidor. Temos uma integração vertical e um acesso ao mercado que ninguém tem”.
Mercado internacional
Gabrielli comentou a atuação da Petrobras no exterior nas últimas três décadas. “Nos anos 70, com o início de operações na Colômbia e no Iraque, a empresa foi para o mercado externo com a responsabilidade de suprir o mercado brasileiro. Na segunda fase, década de 80, ocorreram as grandes descobertas na Bacia de Campos, em água profundas, e concentramos a atividade internacional para completar a produção brasileira.”
Nessa época, a meta de produção da Petrobras era de 500 mil barris/dia. Hoje a produção, no Brasil e exterior, é de cerca de 2,3 milhões de barris e a previsão é chegar em 2015 com 4,3 milhões de barris, quase dez vezes mais que a meta da década de 80. No anos 90 houve maciços investimentos na Bacia de Campos e mudança no sistema regulatório para estimular o investimento de risco na atividade exploratória. A Petrobras diversificou a atividade internacional com negócios na Bolívia.
Nesta década, a empresa intensificou a expansão internacional com concentração de investimentos na Argentina e EUA e expansão da atividade de refino com ações como a compra de 87,5% de participação societária na Nansei Sekiyu, em Okinawa, no Japão, em abril deste ano. No momento a empresa investe também na exploração de águas profundas no Golfo do México, onde o primeiro FPSO deve ser instalado no até 2010. Dos US$ 112 bilhões que a Petrobras investirá até 2012 , 85% destinam-se ao mercado nacional e os 15% restantes ao internacional.
“Temos uma série de desafios mas, mesmo sem as descobertas do pré-sal, não seremos mais uma empresa regional, dadas as condições que citei no início, temos a perspectiva de ser um dos grandes players mundiais, afirmou Gabrielli”.
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