O diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que não vê os reajustes feitos nos combustíveis, a partir de 1º de novembro, como uma solução completa para a diferença entre os preços aplicados no mercado internacional e no Brasil. A companhia elevou em 10% o preço da gasolina pura (tipo A) vendida para as refinarias e, em 2%, o preço do diesel.
“O médio e longo prazo é que vai nos dizer se os reajustes estão sendo ou não suficientes”, disse Barbassa nesta quarta-feira (16), durante teleconferência com investidores sobre os resultados da Petrobras no terceiro trimestre deste ano.
De acordo com Barbassa, a diferença dos preços aplicados no mercado está sendo acompanhada e, em breve, a companhia prevê novos reajustes “para cima ou para baixo” em função do que for observado.
O executivo explicou que não há uma fórmula para chegar a esse reajuste. “O que a gente pode dar como indicador é o fato de que estamos seguindo a tendência de preços internacionais”, disse.
O diretor financeiro acredita no retorno da oferta de álcool no mercado doméstico e, com isso, haverá uma redução da demanda por gasolina. "Superamos o problema da safra e a demanda está sendo recomposta", disse. A previsão leva em consideração o consumo da população que tem carros flex, que podem ser abastecidos com álcool ou com gasolina.