Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
O supercomputador Pégaso, da Petrobras, é o maior da América Latina em capacidade de processamento e o mais ecoeficiente, segundo os rankings TOP500.Org e Green500. O resultado reafirma a liderança da empresa em computação de alto desempenho (HPCs). A máquina supera, nos dois quesitos, o Dragão e o Atlas, que também pertencem à Petrobras e tem poder de processamento equivalente à soma de seis milhões de telefones celulares ou de 150 mil laptops modernos.
Com o resultado do ranking a empresa obtém o tetracampeonato em HPCs. Em 2019 a empresa ficou em primeiro lugar com o Fênix; em 2020 com o Atlas e em 2021 com o Dragão. Investir nessas máquinas permite à Petrobras aplicar seu conhecimento técnico no processamento de dados geofísicos e geológicos para reduzir incertezas e riscos de projeto, assim como o tempo entre uma nova descoberta de um campo petrolífero e o início da sua produção.
“É com muita satisfação que recebemos este resultado. Ampliar o processamento de dados permite à Petrobras gerar imagens da subsuperfície cada vez mais nítidas das áreas mapeadas para exploração e produção de petróleo e gás natural, além de reduzir o tempo de processamento dessas informações. Isso contribui para otimizar a produção, aumentar o fator de recuperação das reservas atuais e maximizar a eficiência dos projetos exploratórios da companhia”, explica o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges (foto).
O investimento no Pégaso, de R$300 milhões, assim como em outras máquinas que acelerem o processamento de dados geofísicos, geológicos, treinamentos de algoritmos em projetos de ciência de dados e as simulações de fluxos em reservatórios é essencial para viabilizar programas estratégicos como o EXP100, que visa alcançar 100% de uso dos dados e conhecimento nos projetos exploratórios, CEOS e o PROD1000, que tem por meta reduzir os prazos para início da produção de um campo.
O Pégaso aumentará a capacidade atual de processamento da companhia de 42 para 63 Petaflops (Pico DP). A companhia prevê alcançar uma capacidade total de processamento de 80 Petaflops, com o acréscimo de 4 máquinas menores. Para se ter uma ideia, 1 Petaflop equivale a 1 quatrilhão de operações matemáticas por segundo. Esse potencial é importante para habilitar as iniciativas de tecnologia digital, em benefício da eficiência das operações, tornando a empresa mais resiliente às mudanças de cenários de negócio.
Com processamento de dados de 21 Petaflops (Pico DP), o Pégaso tem quase a soma do Dragão (14 Petaflops) e do Atlas (8,9 Petaflops) juntos. São 678 terabytes de memória RAM e rede de 400 gbps, além de 2016 GPUs - Grafic Process Units, na sigla em inglês. Pode-se dizer que o Pégaso é um equipamento “de peso”. São 30 toneladas de componentes distribuídas em racks que, enfileirados, somam 35 metros. A máquina estará operando em plena capacidade em dezembro deste ano.
Ecoeficiente
Outra característica do supercomputador Pégaso é a eficiência energética. Quando estiver em plena produção, o Pégaso terá um consumo máximo de 1,5 MW, equivalente ao consumo anual de uma cidade de 6.800 habitantes, como Santo Antonio do Pinhal (SP).
“Na elaboração do projeto deste HPC, foram feitas várias escolhas e exigências técnicas de maneira a reduzir o consumo, como a escolha de aceleradores matemáticos (GPUs), os mais ecoeficientes que existem, e a exigência de fontes de alta eficiência, afirma Paulo Palaia, diretor de Transformação Digital e Inovação da Petrobras”.
Ainda que não conte para pontuação no ranking Green500, o lugar onde os supercomputadores são instalados também contribui para o melhor desempenho das máquinas. O Pégaso fica em um Centro de Processamento de Dados (CPD), que só usa energia limpa, com ambiente de refrigeração customizado para o supercomputador, a fim de aumentar a sua eficiência energética.
Com a divulgação do ranking TOP500 o Pégaso se posiciona como o 5º maior da indústria de óleo e gás e 33º maior supercomputador global.
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