Bolívia

Petrobras não aceita revisão de cláusulas de preço

Para a Petrobras preços praticados pela YPFB receberam reajustes contínuos e acompanharam o mercado internacional. A fórmula ideal sugerida pela Bolívia elevaria o preço até US$ 7,50 por milhão de BTU.

Redação
14/07/2006 03:00
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 A Petrobras se posicionou contra a solicitação formal de aumento do preço do gás natural exportado pela Bolívia. O pedido foi feito pela companhia Yacimentos Petrolíferos Bolivianos (YPFB) nesta quinta-feira (13/07) em reunião na cidade de Santa Cruz de la Sierra. O próximo encontro entre os negociadores será no Rio de Janeiro, na semana de 24 a 28 de julho.

A YPFB pleiteou a revisão da cláusula de preços do contrato de compra e venda de gás (GSA - sigla em inglês). A proposta apresentada pela YPFB é semelhante à que foi negociada com a Argentina há duas semanas e elevaria o valor da molécula a US$ 5 por milhão de BTU, segundo informa a Agência Reuters, citando o presidente da petroleira boliviana, Jorge Alvarado. Atualmente, o valor do gás comprado pelo Brasil é avaliado em aproximadamente US$ 4 por milhão de BTU.

A Petrobras informa em nota que expôs que os preços praticados pela YPFB receberam reajustes contínuos e acompanharam o mercado internacional, e que, portanto, não há necessidade de revisão do procedimento de cálculo desses reajustes, por não ter havido alteração superveniente que comprometa as bases acordadas e que possa prejudicar a YPFB.

Ainda segundo a matéria da Reuters, o ministro boliviado de Hidrocarbonetos, Andrés Soliz, sugere um aumento ainda maior, baseado no valor dos combustíveis líquidos que o gás boliviano substitui no Brasil. Por essa conta, o Brasil pagaria cerca de US$ 7,50 por milhão de BTU. Alvarado considera esta fórmula ideal, mas planeja propor a mesma oferta feita a Argentina.

Segundo informa a Petrobras, a rodada de ontem é parte do cronograma de reuniões acordado entre as duas empresas e terá prosseguimento na semana de 24 e 28 de julho, quando a YPFB deverá apresentar sua posição formal em relação à argumentação da Petrobras. A companhia brasileira informa que o encontro de Santa Cruz foi finalizado com o compormisso de ambas as partes de promoverem discussões internas com vistas a retomarem as negociações.

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