Números vieram abaixo do esperado pelo mercado.
Valor Online
A Petrobras encerrou o segundo trimestre com lucro de R$ 4,96 bilhões, com queda de 20% em relação a um ano antes.
Do lado operacional, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) caiu 10,2%, para R$ 16,25 bilhões, novamente influenciado pela defasagem de preços dos combustíveis vendidos no país em relação às cotações internacionais. A receita, porém, avançou 11,8% e chegou a R$ 82,30 bilhões.
Os números vieram abaixo do esperado pelo mercado.
O lucro foi 25% inferior à média de projeções de cinco casas de análise consultadas pelo Valor, que apontava para R$ 6,64 bilhões no período — e frustrou, inclusive, a estimativa mais pessimista, do Credit Suisse, de R$ 5,8 bilhões.
Já o Ebitda ficou 5% abaixo da projeção média de R$ 17,1 bilhões e aproximou-se mais do piso das previsões, de R$ 16,7 bilhões. O faturamento líquido ficou dentro das estimativas, que giravam entre R$ 80,7 bilhões e R$ 83,3 bilhões.
A dívida líquida da estatal cresceu 9% em relação ao trimestre anterior e chegou a R$ 241,4 bilhões. O endividamento total subiu 15%, para R$ 307,7 bilhões, enquanto o caixa cresceu 43%, para R$ 66,36 bilhões.
Apesar da piora dos resultados operacionais e do aumento da dívida, a presidente da companhia, Graça Foster, reiterou na carta que acompanha o balanço que pretende levar o nível de endividamento ao patamar de 2,5 vezes previsto pelo plano estratégico da companhia, anunciado no fim do ano passado. No segundo trimestre, a dívida líquida da companhia representava 3,94 vezes o Ebitda.
“Em paralelo aos aumento de produção e redução de custos, buscamos a convergência dos preços de derivados no Brasil com os preços internacionais, de tal forma a tornar factível o atendimento dos indicadores financeiros, endividamento líquido/Ebitda e alavancagem, nos limites e prazos impostos à diretoria colegiada pelo conselho de administração”, ressaltou a executiva.
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