Gás Brasil
Depois de correr contra o tempo para construir dois terminais de Gás Natural Liquefeito (GNL) e ter condições de importar gás necessário ao consumo interno, a Petrobras agora quer acelerar projeto para construir uma unidade de liquefação para transformar o gás em líquido e poder exportar as sobras da produção nacional. A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nesta terça-feira que uma equipe especial já estudando o modelo de uma unidade de liquefação em alto mar, para o transporte futuro do gás que será produzido nos campos do pré-sal, na Bacia de Santos, que estão a mais de 300 km da costa.
Outra unidade menor está sendo estudada para ser construída em terra, ou no mar próximo à costa, para poder liquefazer o gás, para exportação ou para o próprio mercado interno. Com a retração da economia, a Petrobras contabiliza sobras diárias de 12 milhões de metros cúbicos de gás natural.
- A unidade de terra eu queria para ontem - destacou Graça Foster.
Segundo a diretora, essa unidade deverá ter uma capacidade para processar 1,9 milhão de toneladas de gás por ano. Essa capacidade representa cerca de 8 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. Segundo a diretora, a unidade será construída ou na terra ou no mar, mas próximo à costa e deverá ficar pronta entre 2014 e 2015. Graça Foster não descartou a possibilidade dessa unidade de liquefação ser construída próximo ao terminal de liquefação que começou a operar neste ano, na Baia da Guanabara.
O mesmo grupo de técnicos está estudando a viabilidade de se construir a unidade de liquefação de gás em alto mar para, no futuro, escoar a produção dos campos do pré-sal da Bacia de Santos. Essa unidade, que deverá ser instalada em um navio, terá capacidade inicial de processar 2,5 milhões de toneladas por ano, o equivalente a cerca de 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Segundo a diretora, a decisão sobre como será o projeto de liquefação terá que ser tomada até 20111, para estarem funcionando em 2015.
- Apesar de não querer falar sobre estimativas de investimentos, a diretora explicou que os estudos têm o objetivo de analisar a viabilidade econômica da construção da unidade de liquefação, fazendo comparação com os custos de um gasoduto desde os campos do pré-sal até a costa com 300 km de extensão.
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