Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
A Petrobras e a Vibra começam, em janeiro, testes com o novo Diesel R5 (com 5% de conteúdo renovável), produzido na Refinaria Getúlio Vargas (Repar). Três linhas de ônibus operadas pela Auto Viação Redentor, em Curitiba, no Paraná, rodarão com o novo combustível pelos próximos seis meses.
No período, serão fornecidos cerca de 120 mil litros do combustível para ônibus da cidade, com o objetivo de avaliar, em situação real, a influência do novo combustível na redução de emissões, no desempenho e na manutenção desses veículos.
O novo combustível Diesel R5 é produzido a partir do coprocessamento de óleos vegetais ou gordura animal com óleo diesel de petróleo. O combustível sai da refinaria com 95% de diesel mineral e 5 % de diesel renovável, também chamado de diesel verde. A Vibra fará a adição obrigatória de 10% de biodiesel éster e entregará o produto final ao cliente com 15% de conteúdo renovável.
Estudos preliminares apontam que o diesel renovável reduz cerca de 70 % das emissões de gases de efeito estufa em comparação ao diesel mineral (derivado do petróleo).
O diesel verde ou renovável é um biocombustível avançado, quimicamente igual ao diesel mineral (derivado do petróleo), só que produzido a partir de matérias-primas renováveis, como óleos vegetais, gorduras animais ou até mesmo óleo de cozinha usado. Ele pode ser produzido em unidades dedicadas pelo coprocessamento em unidades de hidrotratamento de óleos vegetais com o diesel de petróleo.
Apesar de ainda não ser usada industrialmente no Brasil, a tecnologia de coprocessamento é amplamente utilizada na Europa e nos Estados Unidos, por se tratar da forma mais rápida e barata de se introduzir o diesel renovável no mercado, já que utiliza as unidades industriais existentes nas refinarias de petróleo.
Atualmente, está em discussão no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a possibilidade do diesel renovável, produzido em unidades dedicadas ou por coprocessamento com óleos vegetais, também ser considerado no teor obrigatório de biocombustível no óleo diesel.
Caso seja aceita, a introdução do novo combustível trará vantagens para o consumidor, na medida em que a adoção do diesel renovável, mais moderno, viabiliza a utilização de teores mais elevados de renováveis nos novos motores a diesel. Além disso, propiciará maior competição entre os biocombustíveis para motores a diesel. A concorrência impulsiona a melhoria de qualidade e redução de custos de ambos os produtos (diesel renovável e biodiesel éster).
Fale Conosco
21