A Petrobras pretende concluir nos próximos 45 dias um teste que pode identificar o volume de reservas na área de Guará, no bloco BM-S-9, no pré-sal da Bacia de Santos. Se confirmada a possibilidade, será a terceira área do pré-sal na região com
Agência EstadoA Petrobras pretende concluir nos próximos 45 dias um teste que pode identificar o volume de reservas na área de Guará, no bloco BM-S-9, no pré-sal da Bacia de Santos. Se confirmada a possibilidade, será a terceira área do pré-sal na região com reservas quantificadas. Até o momento, a Petrobras só revelou o volume potencial de Tupi (de 5 bilhões a 8 bilhões de barris) e Iara (de 3 bilhões a 4 bilhões de barris).
“Estamos buscando mais informações sobre a área, e isso pode resultar no dimensionamento das reservas”, disse o coordenador da área de Exploração e Produção da companhia, Eduardo Molinari. Além de Guará, o mesmo teste está sendo realizado em Iara, no BM-S-11. Ambas as áreas começam a produzir óleo entre 2013 e 2014.
A Petrobras tem atualmente seis sondas de perfuração na área do pré-sal da Bacia de Santos. Além das duas para o teste de formação, três estão perfurando poços novos no BM-S-11 (Iracema e Tupi Nordeste) e BM-S-9 (Abaré), para tentar encontrar outras jazidas, contíguas ou não às já existentes.
A sexta sonda cuida da substituição do equipamento que apresentou defeitos em julho e provocou a suspensão do Teste de Longa Duração (TLD) que estava produzindo cerca de 15 mil barris por dia em Tupi desde maio. A previsão é de que a operação seja retomada em setembro, sem prejuízo para o cronograma da área, que prevê o início da produção do Projeto Piloto, com capacidade para 100 mil barris por dia.
Até o fim de 2009, outras duas sondas de perfuração chegam ao País, segundo Molinari, para campanhas exploratórias no pré-sal. “Nossa prioridade no momento é conhecer melhor aquela área antes de partir para outras.” Para o próximo ano, são esperadas outras seis sondas já contratadas no mercado internacional, especificamente para operar em profundidade superior aos 3 mil metros. A expectativa é de que dez sondas operem para a Petrobras naquela região em 2010.
Segundo o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, com a crise financeira mundial, que retraiu o mercado, há atualmente maior oferta desse tipo de equipamento. “Estamos conseguindo hoje equipamentos que seis meses atrás não poderíamos imaginar que estariam disponíveis.”
Segundo ele, o preço das sondas também vem caindo no mercado internacional. Os custos diários de aluguel de uma unidade, que no ano passado chegaram a US$ 600 mil, caíram de 10% a 30%, dependendo das especificações técnicas.
Barbassa, no entanto, disse que essa redução no preço do equipamento foi exceção. O diretor admite que a redução de custos que a companhia estava esperando obter dos fornecedores, quando lançou seu plano de investimentos em janeiro, não ocorreu como esperado. “Houve redução no valor dos fretes, e em alguns preços como os das sondas, que estavam superdimensionados. Mas a recuperação do preço do barril reaqueceu o setor no segundo trimestre”, comentou.
Em conferência com analistas de mercado, Barbassa voltou a prever aumento nos investimentos este ano, já que a companhia investiu 56% do previsto no primeiro semestre. Ele reforçou a tese de que os resultados da Petrobras no segundo trimestre, divulgados sexta-feira, apontam para uma política de preços acertada, que visa a estabilidade no longo prazo.
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