Pré-Sal

Petrobras contrata a empresa Altus para automação das plataformas do pré-sal

Empresa será responsável pelo fornecimento de sistemas de automação das oito primeiras plataformas para as operações em larga escala do pré-sal. A integração dos sistemas possibilitará a produção de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia quando todas as plataformas estiverem em opera

Redação
29/06/2011 20:50
Visualizações: 245
A Altus assinou contrato com a Petrobras nesta terça-feira (28) para o fornecimento de sistemas de automação das oito primeiras plataformas para as operações em larga escala do pré-sal. Esse é o maior negócio da história da empresa, no valor de R$ 115 milhões, impulsionado pelo alto nível de conteúdo local atendido pela Altus.

O projeto contempla automação e controle das oito plataformas dos blocos exploratórios BMS09 e BMS11 na Bacia de Santos, incluindo os campos de Lula, Cernambi, Guará e Carioca. É formado por 12 sistemas integrados relacionados aos processos de produção, detecção de fogo e gás e desligamento de emergência (shutdown). A integração dos sistemas realizada pela Altus possibilitará a produção de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia quando todas as plataformas estiverem em operação, em 2017. Esse número corresponde a mais da metade do volume produzido atualmente no Brasil. Além do petróleo, as plataformas terão a capacidade de processar seis milhões de metros cúbicos de gás por dia.

A Altus é a única empresa brasileira que desenvolve produtos e tecnologia de automação para produção de Óleo & Gás em águas profundas, atendendo assim aos requisitos de conteúdo local exigidos pela Petrobras para as plataformas. A regulamentação de conteúdo local faz parte de uma política do governo federal para ampliar a participação da indústria nacional no fornecimento de bens e serviços, gerando emprego e renda para o país.

De acordo com o presidente da Altus, Luiz Gerbase, cada uma das oito plataformas tem como requisito uma porcentagem de conteúdo local nos equipamentos que vai de 20% na primeira até 80% na oitava. “Nós alcançamos 80% de conteúdo local já na primeira plataforma, onde a regulamentação prevê 20%”, afirma.

Para Gerbase, o fornecimento reforça a confiança da Petrobras na tecnologia desenvolvida no Brasil. “Nos orgulhamos por fazer parte desse momento histórico, contribuindo para o desenvolvimento do país”.

A empresa prevê a ampliação de seu quadro funcional com a contratação de cerca de 80 pessoas nas áreas de Engenharia, Pesquisa & Desenvolvimento e setores administrativos.
 

Plataformas do tipo FPSO

Devido à alta profundidade e à distância da costa na exploração do pré-sal, as oito plataformas são do tipo FSPOs (Floating Production Storage and Offloading), sigla que significa unidade flutuante de produção e armazenamento de óleo. Trata-se de um tipo de navio responsável pela produção e armazenamento de petróleo. O escoamento da produção é realizado por navios aliviadores, uma vez que há inviabilidade de ligação por oleodutos.

As oito plataformas possuem a mesma concepção, são réplicas de um só projeto produzido em série no Estaleiro Rio Grande (RS). Essa é a maior encomenda simultânea desse tipo no mercado mundial de petróleo. Todas elas serão ancoradas na Bacia de Santos, sendo seis nos campos de Lula e Cernambi, e duas em Guará e Carioca.
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