Folha de Londrina,PR
A Petrobrás deve iniciar em setembro de 2009 a extração comercial de 35 mil metros cúbicos (m3) de gás natural por dia nos campos BB1 e BB2 de Pitanga (região central). A informação, confirmada oficialmente pela empresa, visa transformar a única bacia de gás do Paraná em fonte de combústível para automóveis (Gás Natural Veicular - GNV). O engenheiro de petróleo e coordenador de Perfurações do escritório da Petrobrás em Itajaí (SC), Ramiro Ramos, explicou que a reserva é modesta, com total de 300 milhões de m3, mas explorável economicamente. Em julho de 2007 a FOLHA noticiou com exclusividade
De acordo com ele, para permitir o transporte do gás por caminhões, serão construídas no distrito de Barra Bonita, onde estão localizados os poços, uma planta de tratamento e uma aunidade de compressão. O investimento da Petrobrás deve chegar a US$ 8,9 milhões.
Desde o início do mês, cerca de 30 engenheiros e técnicos da Petrobrás estão em Pitanga realizando testes de queima do gás e de manutenção dos equipamentos. Os poços foram perfurados pela empresa em 1997 e 1998 e permaneceram lacrados desde então. ''Está tudo em ordem, os testes estão indo muito bem. Os poços estão bons e os equipamentos em bom estado. Essa fase é um preparativo para entrar na etapa final de concretizar a retirada do gás'', afirmou Ramiro Ramos.
De acordo com o engenheiro, a Petrobrás está negociando a assinatura de contratos com as empresas distribuidoras e a melhoria das condições de tráfego para escoamento do gás. O distrito de Barra Bonita fica a cerca de 40 km de Pitanga, dos quais 28 km ainda em estrada de terra.
O engenheiro da Petrobrás afirmou também que está descartada a construção de um gasoduto ligando Pitanga e a região norte do estado para uso do combustível em indústrias - como chegou a ser divulgado no final dos anos 90. ''Isso seria muito custoso, o que a gente está viabilizando é o uso veicular para os mercados mais próximos''. As regiões norte (Londrina-Maringá), centro-sul (Ponta Grossa) e metropolitana de Curitiba são consideradas as mais viáveis.
Em meados de 2007, o governo do Paraná divulgou uma nota, por meio de sua agência de notícias, informando que o custo da pavimentação dos 28 km para receber tráfego pesado custaria entre R$ 30 milhões e R$ 35 milhões. Ontem, a assessoria de imprensa da Secretaria de Transportes informou que não tem ''estudo aprofundado nem projeto de asfaltamento'' e que qualquer projeto ali depende de uma ''decisão de governo''. O vice-governador Orlando Pessuti não foi encontrado pela FOLHA.
Fonte: Folha de Londrina,PR
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