OTC 2023

Petrobras avalia adotar conceito de ecossistema de energia na Margem Equatorial

Nova solução busca integrar, pela primeira vez no Brasil, operações de petróleo e gás a novas fontes de energia, reduzindo emissões de carbono

Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
02/05/2023 18:18
Petrobras avalia adotar conceito de ecossistema de energia na Margem Equatorial Imagem: Agência Petrobras Visualizações: 894 (0) (0) (0) (0)

A Petrobras avalia adotar, pela primeira vez no Brasil, uma nova solução que buscará integrar as operações de exploração e produção (E&P) da Margem Equatorial (e de áreas de nova fronteira) a novas fontes de energia: é o chamado “ecossistema de energia”. Na prática, a companhia avalia desenvolver novos projetos de E&P que incorporem, em todo seu ciclo de vida, a associação com soluções que reduzam as emissões de gases de efeito estufa no longo prazo como, por exemplo, a energia eólica offshore, o hidrogênio de baixo carbono e a captura de carbono, entre outras fontes em estudo. O propósito é abrir novas oportunidades para integrar as cadeias de valor e promover o desenvolvimento local das regiões onde serão instalados os novos projetos – aproveitando as vocações regionais.

Com isso, a Petrobras buscará intensificar a redução de emissões de gases de efeito estufa, reforçando a trajetória em direção à transição energética – e, ao mesmo tempo, prover energia segura e sustentável à sociedade, ainda que em tempos de oscilação de preços do barril ou de instabilidades geopolíticas. Esses foram alguns destaques da apresentação do Diretor de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, Joelson Falcão (foto), nesta terça-feira (2/05), no painel “The Evolving Offshore Frontiers” da Offshore Technology Conference (OTC), principal evento da indústria de petróleo e gás offshore do mundo, que acontece em Houston (EUA).

“Olhando para o futuro, a transição energética e a segurança energética são hoje prioridade da indústria global de energia. Por isso, em nossos projetos de E&P, buscamos cada vez mais conciliar a redução de riscos com a incorporação da agenda ambiental, social e de governança. Além disso, estamos utilizando as mais modernas tecnologias em áreas de nova fronteira, porque um E&P orientado por dados e digital permite não só a construção de melhores modelos preditivos e a maior previsibilidade, como também aumenta a eficiência, impulsiona os resultados e reduz a intensidade de carbono das operações”, afirmou Joelson.

Redução de incertezas geológicas e de poços perfurados

Nesse movimento, a Petrobras está trabalhando intensivamente no uso de dados geológicos e geofísicos – acumulados em quase sete décadas de história - e no desenvolvimento de algoritmos cada vez mais sofisticados. O objetivo é ser mais precisa em suas atividades de exploração e produção, reduzindo as incertezas geológicas, o número de poços perfurados e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa e impactos ao meio ambiente.

A manutenção da produção da Petrobras também é estratégica para a companhia e para o Brasil, nas palavras do diretor. Para isso, investirá US$ 64 bilhões nas atividades de exploração e produção nos próximos cinco anos e, desse total, 67% serão destinados às atividades no pré-sal. Para os próximos cinco anos, a Petrobras colocará mais 17 plataformas em produção e pretende expandir as fronteiras ainda inexploradas do pré-sal.

Colaboração para Transição Energética

Na noite de segunda-feira (1/5), Joelson participou também de dois eventos paralelos à OTC: a recepção promovida pela Câmara de Comércio Brazil-Texas (Bratecc) e o Brazil Energy Meeting, organizado pela Zoom Out. Em ambas as ocasiões, o diretor falou sobre a estratégia em curso de preparar a Petrobras e o Brasil para uma Transição Energética sustentável e segura.

“Estamos avançando em uma nova fase de redução da nossa pegada de carbono, não só no segmento de exploração e produção, mas no nosso portfólio como um todo. Pretendemos identificar novas oportunidades de negócios na área de E&P, bem como avaliar sinergias em captura e armazenamento de carbono, transição energética e iniciativas socioambientais por meio de parcerias”, destacou Joelson.

O executivo convocou as instituições de ensino e pesquisa, parceiros, fornecedores, poder público e sociedade no esforço conjunto para construção de ecossistemas confiáveis de energia de baixo carbono: “Para atingir esses objetivos, precisamos continuar desenvolvendo nosso conhecimento técnico e investindo em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias inovadoras, mas não faremos isso sozinhos. As alianças, que já foram essenciais no passado, continuarão sendo fundamentais para alcançarmos os objetivos de descarbonização”, completou.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Pessoas
Flávio Loução é o novo diretor de inovação do Grupo Energisa
16/09/24
Energia Elétrica
Fórum de Eficiência Energética abre Smart Energy 2024
16/09/24
ROG.e 2024
Firjan SENAI SESI apresenta a importância dos mercados d...
16/09/24
Etanol
Hidratado despenca 4% na semana; anidro recua 2,75%
16/09/24
Itaboraí
Petrobras: 21 milhões de m³ de gás natural serão ofertad...
14/09/24
Evento
ANP participa da ExpoPostos & Conveniência 2024
13/09/24
Goiás
A Força do agronegócio e da agroindústria no desenvolvim...
13/09/24
Etanol
Atualização dos impactos das queimadas para os produtore...
13/09/24
Sustentabilidade
Bahiagás lança primeira edição do seu Relatório de Suste...
13/09/24
Negócio
Oil States conquista novo contrato de Serviços de Oficin...
12/09/24
PD&I
USP e FIT desenvolvem equipamento para avaliação da capa...
12/09/24
Oportunidade
Omni Taxi Aéreo abre vagas para piloto comandante e copi...
12/09/24
Amazonas
Petrobras e Transpetro executam ações para contribuir co...
12/09/24
Pessoas
Lefosse anuncia chegada do sócio Ricardo Nunes e amplia ...
12/09/24
Energia Elétrica
Prime Energy oferece benefícios do Mercado Livre de Ener...
12/09/24
Combustíveis
Câmara aprova emendas do Senado ao projeto dos combustív...
12/09/24
Itaboraí
Petrobras inaugura Complexo de Energias Boaventura
11/09/24
ANP
NAVE ANP: divulgadas empresas de energia participantes d...
11/09/24
Royalties
ANP atualiza estimativas de royalties e participação esp...
11/09/24
Pré-Sal
Pesquisadores da Unicamp analisam a injeção alternada de...
11/09/24
Reunião
ORPLANA participa de reunião do Conselho Nacional de Rec...
11/09/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.