Gás natural

Petrobras anuncia aumento de preço para o gás da Bolívia e para o gás nacional

Ao retirar o desconto de 15% do preço do gás natural boliviano vendido às distribuidoras, a Petrobras provocará um aumento de 23% no preço do combustível, em parcelas de 13% em setembro e 10% em novembro. O gás nacional também sofrerá reajustes de 6,5% e 5% nos mesmos meses.

Redação
19/08/2005 03:00
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A Petrobras vai retirar os incentivos ao gás natural da Bolívia em parcelas a partir de setembro e até janeiro de 2006, quando o combustível passará a ser vendido sem nenhum desconto. Paralelamente, o gás natural produzido no país também sofrerá reajustes de preços, de 6,5% a partir de 1º de setembro e de 5% a partir de novembro.
No caso do gás natural boliviano, que tem incentivos de 16%, a primeira parcela de redução de incentivo também será aplicada em 1º de setembro, no percentual de 11%, o que provocará o aumento de 13% no valor do gás vendido às distribuidoras. Em novembro, a segunda parcela da redução de incentivos será de 4%, provocando um novo aumento de 10% para as distribuidoras. No total, o gás boliviano será rejustado em 23% e perderá 15% de desconto no preço vendido pela Petrobras. O 1% restante de incentivo será eliminado em janeiro de 2006.
A companhia esclarece que, para o consumidor final, o impacto imediato destes ajustes dependerá de cada integrante da cadeia de distribuição (distribuidoras e postos), de aspectos regulatórios específicos das diferentes áreas de concessão, e da participação do custo do gás no preço de cada segmento.
Segundo a nota enviada à imprensa, a estatal justifica que a decisão de retirar incentivos e provocar o aumento de preços do gás natural foi tomada depois de a Petrobras ter absorvido reajustes de preços ocorridos no contrato com de compra de gás da empresa boliviana YPFB desde janeiro de 2003, durante 32 meses. No período, a companhia utilizou mecanismos comerciais para incentivar o mercado atendido pelo gás da Bolívia. No entanto, segundo o informe, o preço de aquisição do gás boliviano está vinculado a uma cesta de derivados de petróleo, que  tem sofrido aumentos significativos nos últimos meses, refletindo no incremento do seu preço.
"A atualização dos preços se tornou necessária diante da significativa evolução dos custos de exploração, produção, aquisição e transporte de gás natural, neste período de 32  meses, de forma a assegurar a sustentabilidade dos esforços da Petrobras para o desenvolvimento do mercado desse combustível, que é de fundamental importância para o desenvolvimento industrial e para o meio ambiente", se lê no informe.
A Petrobras afirma entender que esses ajustes mantêm o produto competitivo em relação aos demais combustíveis, independentemente de suas  significativas  vantagens ambientais e operacionais como combustível nobre. A empresa ressalta que reafirma seu compromisso com o crescimento sustentável do mercado brasileiro de gás natural.
Ainda segundo a nota: "Ao manter os preços do gás natural de produção nacional sem alteração desde janeiro de 2003, a Petrobras teve como objetivo contribuir para o desenvolvimento de uma política comercial que garanta a competitividade do produto, estimulando o seu consumo por segmentos que, a longo prazo, serão seus principais usuários, e trazendo vantagens para o país, tanto do ponto de vista econômico como de preservação ambiental".
A companhia afirma, ainda, que "visando atender à expansão do mercado de gás natural, a Petrobras vem aplicando recursos crescentes para aumentar e desenvolver as reservas já descobertas, descobrir novos reservatórios e elevar a oferta do gás natural produzido no País".

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