Pesquisadores de instituições vinculadas ao Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (Procisur) estão desenvolvendo biocombustíveis que não entrem em competição com os alimentos.
Agência BrasilPesquisadores de instituições vinculadas ao Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (Procisur) estão desenvolvendo biocombustíveis que não entrem em competição com os alimentos. A produção dos chamados "biocombustíveis de segunda geração" está sendo discutida em um encontro até hoje (18) na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília.
Essa modalidade de biocombustível é extraída de resíduos vegetais, como o bagaço da cana-de-açúcar, conforme explicou o secretário executivo do Procisur, Emílio Ruz. De acordo com Ruz, esse tipo de matéria-prima não é utilizada ainda por ter uma composição química “muito complexa”.
O chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia, Esdras Sundfeld, disse que “o esforço cooperativo queima etapas” e ajuda a desenvolver alternativas tecnológicas com mais rapidez.
Esdras ressaltou a importância da cooperação internacional para consolidar o etanol como produto de exportação. “A única maneira de tornar o etanol uma comoditie internacional é multiplicar os parceiros na produção e no consumo”, defendeu Sundfeld.
Ele reafirmou a sustentabilidade do etanol e disse que a União Européia e os Estados Unidos, apesar de concorrentes no mercado de energia, são parceiros importantes para o desenvolvimento de alternativas energéticas que substituam o petróleo.
“No fundo, o que existe é um processo de cooperação mundial em torno desse tema [produção de energia]”, explicou Esdras.
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