P-51

Pem Engenharia poderá ter mais de um substituto nas obras

A Nuclep já começou a qualificar empresas substitutas para a Pem Engenharia. O plano de recuperação do cronograma poderá incluir mais de uma companhia.


01/12/2005 02:00
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A Nuclep já começou a qualificar empresas que substituirão a Pem Engenharia no trabalho de construção do casco da plataforma P-51, encomendada pela Petrobras ao consórcio liderado pela Keppel Fels. Entre os motivos da rescisão do contrato anunciada pela Nuclep, está o impacto da greves feitas por operários subcontratados pela Pem, que chegaram a fazer paralisação por uma semana em protesto pelo não cumprimento do pagamento parte dos salários referentes ao mês de novembro, primeira parcela do 13º e depósitos do FGTS.

Segundo o presidente da Nuclep, Jaime Cardoso, deverá ser apresentado até esta sexta-feira (2/12) um plano de recuperação do cronograma, que deverá incluir mais de uma empresa para substituir a Pem. Cardoso não mencionou os nomes das empresas que estão sendo contatadas, mas adiantou que há interesse em reaproveitar parte dos 740 trabalhadores que trabalhavam para a empresa dispensada e que serão demitidos. “Queremos resolver todas essas questões esta semana, até porque no dia 5, que é o dia de pagamento dos trabalhadores.”

Segundo o assesor da presidência da Keppel Fels, Carlos Filipe Rizzo, as quatro paralisações ocorridas desde o início das obras do casco da P-51 ainda não afetam significativamente o cronograma para a entrega da plataforma. "O atraso não é definitivo e é possível de ser recuperado. Alguns pontos da obra estão, inclusive, mais adiantados do que o previsto", afirma Rizzo.

A postura da Keppel Fels em relação da contratação de uma empresa substituta para a Pem Engenharia é de apoio às decisões da Nuclep e não é intenção da empresa, sequer, sugerir companhias que poderiam ser contratadas

Segundo o presidente dos metalúrgicos do Rio de Janeiro, Maurício Ramos, as motivações para a greve foram os atrasos de salários, irregularidades nos pagamentos de demissões de 179 trabalhadores em setembro, além de acordos de benefícios os trabalhadores que não estariam sendo cumpridos pela Pem Engenharia. "Em 11 meses de obras, os salários foram atrasados seis vezes e os 179 demitidos ainda não receberam as quitações correspondentes", informou Ramos.

Para o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e do Petróleo, Wagner Victer, a P-51 continua sendo um paradigma de que a construção de uma plataforma no Brasil é possível, tanto que a P-55 também será construída no país. "Greve acontece em qualquer lugar", comentou o Secretário, que também comparou: "a P-50 foi construída em Cingapura, mas chegou com um ano de atraso e com um aditivo de mais de cinco vezes o acréscimo de preço que significaria a construção no país".

O Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre o Sindicato, a Pem Engenharia, a Nuclep e o Ministério Público do Trabalho determina o pagamento do complemento salarial referente ao mês de novembro e a primeira parcela do 13º salário até dia 6 de dezembro, o pagamento cestas básicas até 15 de dezembro, a regularização de FGTS e INSS dos trabalhadores até 29 de dezembro, além de determinar o abono de quatro dias da atual paralisação e a manutenção dos seguros de saúde e de vida dos contratados.

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