Encomendas da Petrobras correspondem a um terço da demanda mundial por FPSOs. Do total de unidades previstas até 2028, 10 já estão contratadas. OTC Houston 2024
Redação TN Petróleo, Agência PetrobrasA Petrobras precisará de uma cadeia de fornecedores ampla e qualificada para atender à demanda por novos sistemas de produção para os próximos anos. De 2024 a 2028, a companhia vai colocar em operação 14 plataformas flutuantes de produção de petróleo, o que representa um terço das encomendas de FPSOs em todo o mundo nesse período. Há também grande demanda por sistemas submarinos que serão ligados a essas unidades.
“Com o tamanho do nosso portfólio, precisamos capturar todo o mercado. Vamos precisar de mais pessoas, mais materiais, mais recursos”, disse Carlos Travassos, diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, durante a Offshore Technology Conference (OTC), em Houston (EUA), nesta quarta-feira (8/5).
Para atender a essa demanda, os fornecedores terão que estar aptos para oferecer e implantar soluções relacionadas às metas de descarbonização da Petrobras. “Não há espaço para projetos que não prevejam redução de emissões”, garantiu Travassos. Segundo ele, a Petrobras já reduziu em 53% a intensidade de emissões das atividades de exploração e produção de 2009 a 2023.
Das 14 novas unidades mencionadas pelo diretor, dez já estão contratadas. Estão em processo de contratação os FPSOs para Albacora e Barracuda, ambas na Bacia de Campos; e duas unidades para o projeto Sergipe-Alagoas (SEAP).
Travassos lembrou, ainda, que a tarefa de colocar 14 unidades em produção em cinco anos não é novidade para a Petrobras. “Já fizemos isso antes”, disse, ao lembrar que, de 2019 a 2023, a Petrobras colocou em produção 12 FPSOs, aumentando capacidade instalada de produção em 1 milhão e 700 mil barris de óleo por dia. O incremento representou 50% de toda a capacidade de produção acrescentada no mundo no período.
1 bilhão para pesquisa
Também nesta quarta-feira (8/5), Travassos apresentou as iniciativas da Petrobras em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) durante evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Texas (BRATECC), paralelamente à OTC. O diretor mencionou investimentos de US$ 3,6 bilhões de PD&I até 2028, conforme previsto no Plano Estratégico da companhia para o período.
Segundo Travassos, a Petrobras foi a terceira empresa de óleo e gás do mundo que mais investiu em pesquisa e inovação em 2023, com US$ 726 milhões investidos. Para 2024, a previsão é de mais de US$ 1 bilhão em recursos.
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