Gás

Países apostam em importação do liquefeito

Valor Econômico
07/06/2010 11:35
Visualizações: 239 (0) (0) (0) (0)

Alguns dos principais consumidores de gás natural da América do Sul criaram nos últimos dois anos uma rota alternativa para terem acesso ao combustível.
 
Alguns dos principais consumidores de gás natural da América do Sul criaram nos últimos dois anos uma rota alternativa para terem acesso ao combustível. Em vez de dependerem da errática produção regional, distribuída por redes da gasodutos, esses países multiplicaram sua capacidade de regaseificar gás liquefeito trazido por cargueiros de diversas partes do mundo.

 

De 2008 a 2010, a capacidade instalada na América do Sul de regaseificação mais do que quintuplicou. De acordo com balanço da consultoria Gas Energy, em 2008 somente a Argentina tinha uma instalação reconvertendo o gás líquido importado. A planta tinha capacidade para regaseificar 8 milhões de metros cúbicos por dia. Agora, em 2010, segundo o mesmo balanço, outras quatro plantas desse tipo estão em funcionamento: duas no Chile e duas no Brasil. A capacidade de regaseificação saltou para 50 milhões de m³/dia.

 

Segundo Sylvie D'Apote, analista do setor e sócia da Gas Energy, a Argentina estuda a construção de mais duas plantas e o Uruguai avalia a construção de uma unidade não para atender ao mercado local, mas para fornecer o combustível regaseificado para a capital argentina. E o Chile planeja fazer uma nova planta.


Embora ainda limitada, a opção pela importação de gás liquefeito abriu um caminho para os maiores consumidores da região reduzirem sua dependência dos fornecedores tradicionais - a Bolívia, que vende praticamente toda sua produção para o Brasil e para a Argentina, e a própria Argentina, que abastece o Chile. "Os países já encontraram uma saída, já descobriram outros fornecedores. O canal está aberto", diz Yussef Akly, diretor da Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos.

O GNL, no entanto, sempre teve uma desvantagem em relação ao gás natural transportado por gasodutos: o preço. Em 2008, quando a Argentina comprou pela primeira vez GNL para fazer frente a uma queda brusca no fornecimento regional, pagou algo próximo a US$ 17 por BTU. Neste ano, diz D'Apote, prevê-se que pagará entre US$ 7 a US$ 9.

 

Segundo a especialista, os preços do GNL nesses grandes contratos são confidenciais e variáveis, dependendo muito dos termos dos acordos. Mas, continua ela, os preços vêm caindo.

 

"Há um efeito conjuntural, associado à demanda ainda menor das economias que precisam do combustível, efeito da crise financeira que não permitiu uma volta ao ritmo de crescimento de antes", diz D'Apote. "Mas há também um efeito estrutural. Nos EUA e em menor escala no Canadá têm crescido muito as apostas nas reservas de gás não convencional [do chamado gás de xisto, em solo e no mar] porque novas tecnologias estão baixando os preços da extração. Isso fez com que as expectativas e as pressões sobre o preço do GNL venham caindo."


 
 
FONTE: Valor Econômico

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Bunker
Bunker One e Acelen passam da marca de 60 embarcações ab...
05/08/25
Etanol
Pedra Agroindustrial recebe autorização da ANP para inic...
04/08/25
Evento
Biocombustíveis de nova geração ganham espaço na Fenasuc...
04/08/25
Negócio
PPSA vai comercializar 500 mil barris de Atapu em agosto
04/08/25
Descomissionamento
Contrato de embarcações voltadas à campanha de prontidão...
04/08/25
Combustíveis
Etanol registra alta na última semana de julho, aponta C...
04/08/25
Contratos
Oil States consegue novos contratos com a Petrobras
01/08/25
Santa Catarina
SCGÁS garante fornecimento de gás natural em Santa Catarina
01/08/25
Gás Natural
Algás amplia a interiorização do Gás Natural com rede pi...
01/08/25
Energia Elétrica
ONS divulga resultado do 2º Mecanismo Competitivo para c...
01/08/25
Gás Natural
Gasmig reduz tarifas de gás natural para indústrias e ve...
01/08/25
Evento
O principal congresso de END & Inspeção da América Latin...
01/08/25
Brasil
Governo Trump isenta petróleo e derivados de nova tarifa...
01/08/25
Combustíveis
ANP retoma Programa de Monitoramento da Qualidade dos Co...
01/08/25
Evento
Conferência Internacional de Energias Inteligentes acont...
01/08/25
Pré-Sal
MODEC celebra 15 e 10 anos dos FPSOs MV20 e MV26
31/07/25
Biodiesel
Produção de biodiesel em MT sobe 4,64% em junho no compa...
31/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sergipe Oil & Gas 2025 reforça protagonismo do estado na...
31/07/25
Acordo
Assinado acordo de leniência com empresas de energia e i...
31/07/25
Evento
Congresso da FIEE debate segurança energética em cenário...
31/07/25
Rio Grande do Sul
Sindienergia-RS e Países Baixos fortalecem conexões para...
30/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22