Seis ônibus da frota curitibana de transporte coletivo, composta por 2,5 mil veículos, passam a circular, a partir de quinta-feira (27), movidos integralmente por combustível à base de soja.
Esses ônibus percorrem os 18 quilômetros entre o Bairro Pinheirinho e a Praça Carlos Gomes, no centro da cidade, passando pela Linha Verde, via inaugurada recentemente sobre o leito da antiga BR-116.
Dependendo do resultado, novos veículos devem ser incorporados, começando pelos outros 12 que fazem a mesma linha. “Se tudo correr dentro do esperado e houver boa rentabilidade no sistema, toda a frota curitibana será adaptada a longo prazo”, afirmou Marcos Isfer, presidente da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), que gerencia o transporte coletivo e coordena o programa.
A expectativa, que será confirmada ou não em 18 meses de testes, é de redução mínima de 50% na emissão de poluentes. Cada ônibus deve rodar diariamente cerca de 200 quilômetros, com perspectivas de consumo de um litro de combustível a cada 1,3 quilômetro.
Os veículos que percorrem a Linha Verde são de uma nova geração, que saem de fábrica com motores apropriados para rodar tanto com o diesel comum quanto com o biocombustível.
Na fase de testes, os seis que utilizarão o combustível à base de soja terão o desempenho comparado, sob todos os aspectos, com outros seis que circularão apenas com o diesel.
Segundo Isfer, o meio ambiente e, em consequência, os moradores da cidade devem ser os maiores beneficiados. “O que queremos é transportar mais pessoas com poluição menor, melhorando a qualidade de vida em Curitiba.”
Apesar de os parceiros terem um custo superior no início do processo, principalmente porque o biocombustível ainda tem um preço maior que o diesel, o presidente da Urbs acentuou que está descartado aumento nas tarifas.