Opinião

OGX deve devolver concessão de Tubarão Azul

Avaliação é de diretor da ANP.

Valor Econômico
14/11/2013 11:21
Visualizações: 164 (0) (0) (0) (0)

 

Sem produzir petróleo no campo de Tubarão Azul desde agosto, a OGX deve devolver o campo para a Agência Nacional do Petróleo (ANP). A expectativa é de Florival Carvalho, diretor da agência reguladora, para quem esse é o futuro mais provável dessa área. Tubarão Azul foi o primeiro campo da OGX a entrar em produção, mas se mostrou inviável comercialmente. Carvalho explicou, contudo, que não há prazo para que essa devolução seja feita. A ANP indeferiu pedido da OGX para apresentar um novo plano de desenvolvimento do campo porque, segundo o diretor, a medida "já não cabia nesse momento".
Sem a aprovação, a OGX tem seis meses para entregar uma revisão, explicou o diretor. Sem entrar em detalhes, Carvalho explicou apenas que existem "discordâncias" sobre a cubagem do reservatório, que a agência acha que é menor, fator de recuperação e atuação de aquíferos. "É uma coisa normal", disse o diretor, lembrando que essa discussão envolve dados sigilosos. Mesmo sem ter o plano de desenvolvimento aprovado, a ANP autorizou a OGX a instalar um sistema de produção antecipado no campo justamente para fazer uma avaliação do reservatório.
Depois de ver a OGX se dissolver na bolsa de valores, o diretor da ANP disse que a relação da agência com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está melhorando. "Já estamos fazendo um protocolo de intenções [entre os dois reguladores] no sentido de trabalhar mais em conjunto nesses episódios de empresas que têm ações em bolsa [e sobre o que publicam] nos seus fatos relevantes", disse Carvalho.
Carvalho disse que não há como afirmar que mudanças na regulação poderão ser provocadas pelos eventos envolvendo a OGX, que depois de notificar dezenas de descobertas entrou em recuperação judicial na Justiça por não ter condições de pagar suas dívidas. Sobre a possibilidade de a OGX receber punições da ANP, o diretor acha muito difícil. "Os documentos oficiais que chegam mostram que eles fizeram tudo conforme a regra. Com a ANP eles cumpriram tudo até hoje. E o que não cumpriram, nós fizemos atuação", disse Carvalho, lembrando que a OGX Maranhão foi multada em R$ 200 mil por não ter pago royalties sobre a produção de condensados.
"Eles achavam que estavam produzindo gás seco, mas tinha condensado também. Eles declararam que estavam produzindo, mas não instalaram um sistema de medição adequado e a empresa foi multada", explicou. Sobre as afirmativas otimistas sobre o potencial de reservas da OGX feitas nos últimos três anos, Carvalho disse que "não regulamos o que cada um diz. Nós regulamos o contrato".
A OGX informou à ANP que entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada, uma semana depois de o pedido ter sido entregue à Justiça. A mesma resposta vale para outras companhias que passam por dificuldades, e cujos nomes o diretor prefere não mencionar.
O diretor da ANP também reforça que não cabe à agência se envolver em conflitos entre sócios em áreas sob concessão, ao ser questionado sobre eventuais problemas de investimento no bloco BS-4, onde a OGX é sócia da Queiroz Galvão e Barra Energia.

Sem produzir petróleo no campo de Tubarão Azul desde agosto, a OGX deve devolver o campo para a Agência Nacional do Petróleo (ANP). A expectativa é de Florival Carvalho, diretor da agência reguladora, para quem esse é o futuro mais provável dessa área. Tubarão Azul foi o primeiro campo da OGX a entrar em produção, mas se mostrou inviável comercialmente. Carvalho explicou, contudo, que não há prazo para que essa devolução seja feita. A ANP indeferiu pedido da OGX para apresentar um novo plano de desenvolvimento do campo porque, segundo o diretor, a medida "já não cabia nesse momento".

Sem a aprovação, a OGX tem seis meses para entregar uma revisão, explicou o diretor. Sem entrar em detalhes, Carvalho explicou apenas que existem "discordâncias" sobre a cubagem do reservatório, que a agência acha que é menor, fator de recuperação e atuação de aquíferos. "É uma coisa normal", disse o diretor, lembrando que essa discussão envolve dados sigilosos. Mesmo sem ter o plano de desenvolvimento aprovado, a ANP autorizou a OGX a instalar um sistema de produção antecipado no campo justamente para fazer uma avaliação do reservatório.

Depois de ver a OGX se dissolver na bolsa de valores, o diretor da ANP disse que a relação da agência com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está melhorando. "Já estamos fazendo um protocolo de intenções [entre os dois reguladores] no sentido de trabalhar mais em conjunto nesses episódios de empresas que têm ações em bolsa [e sobre o que publicam] nos seus fatos relevantes", disse Carvalho.
Carvalho disse que não há como afirmar que mudanças na regulação poderão ser provocadas pelos eventos envolvendo a OGX, que depois de notificar dezenas de descobertas entrou em recuperação judicial na Justiça por não ter condições de pagar suas dívidas. Sobre a possibilidade de a OGX receber punições da ANP, o diretor acha muito difícil. "Os documentos oficiais que chegam mostram que eles fizeram tudo conforme a regra. Com a ANP eles cumpriram tudo até hoje. E o que não cumpriram, nós fizemos atuação", disse Carvalho, lembrando que a OGX Maranhão foi multada em R$ 200 mil por não ter pago royalties sobre a produção de condensados.

"Eles achavam que estavam produzindo gás seco, mas tinha condensado também. Eles declararam que estavam produzindo, mas não instalaram um sistema de medição adequado e a empresa foi multada", explicou. Sobre as afirmativas otimistas sobre o potencial de reservas da OGX feitas nos últimos três anos, Carvalho disse que "não regulamos o que cada um diz. Nós regulamos o contrato".

A OGX informou à ANP que entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada, uma semana depois de o pedido ter sido entregue à Justiça. A mesma resposta vale para outras companhias que passam por dificuldades, e cujos nomes o diretor prefere não mencionar.

O diretor da ANP também reforça que não cabe à agência se envolver em conflitos entre sócios em áreas sob concessão, ao ser questionado sobre eventuais problemas de investimento no bloco BS-4, onde a OGX é sócia da Queiroz Galvão e Barra Energia.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Biocombustíveis
Petrobras Biocombustível e Banco do Brasil assinam acord...
19/11/24
Combustíveis
Diesel comum e S-10 iniciam novembro com preço médio em ...
19/11/24
Parceria
Brasil e China firmam parceria para buscar soluções inov...
18/11/24
Logística
Vast Infraestrutura realiza primeira operação no Termina...
18/11/24
Internacional
Primeiro-Ministro britânico, Keir Starmer, visita Brasil...
18/11/24
Evento
Bahia sediará Encontro Internacional do Setor de Energia
18/11/24
Acordo
Petrobras e Yara assinam acordos para cooperação técnica...
18/11/24
PD&I
Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) vai desenvol...
18/11/24
Etanol
Hidratado sobe quase 1% e anidro recua 1,38% na semana
18/11/24
Evento
Bahia sediará Encontro Internacional do Setor de Energia
15/11/24
Pré-Sal
Fórum Técnico PPSA 2024 vai debater o futuro do pré-sal
14/11/24
Firjan
Redução da jornada de trabalho pode custar R$ 115,9 bilh...
14/11/24
Resultado
BRAVA Energia registra EBTIDA ajustado de R$ 727 milhões...
14/11/24
Combustíveis
Preço médio da gasolina se mantém estável desde setembro...
14/11/24
Internacional
Na COP29 Brasil lança roteiro para impulsionar investime...
14/11/24
Espírito Santo
Pesquisa com empresas capixabas mapeará necessidades de ...
14/11/24
Rio de Janeiro
Petrobras participa do G20 Social
14/11/24
Meio Ambiente
Petrobras e BNDES fazem nova parceria para restauração e...
14/11/24
Parceria
Atvos e Dabi Business Park firmam parceria para fomentar...
13/11/24
PD&I
Shell e FAPESP investem em pesquisa para acelerar a tran...
13/11/24
ANP
Participação Especial: valores referentes à produção do ...
13/11/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21