Agroenergia

Odebrecht fará 'ajuste' na área de etanol

Companhia estuda "desmobilizar" algumas usinas

Valor Econômico
08/05/2014 14:49
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O presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou que a companhia estuda "desmobilizar" algumas de suas usinas de cana-de-açúcar para extrair mais valor dos negócios no segmento sucroalcooleiro, concentrados na subsidiária Odebrecht Agroindustrial.
Ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, o empresário disse que a diferença entre o volume processado de cana e a capacidade instalada das usinas da empresa é superior a 10 milhões de toneladas e que um ajuste deverá ser realizado em busca de um melhor equilíbrio.
A moagem efetiva de cana das nove unidades do grupo foi de 22,5 milhões de toneladas na safra 2013/14, encerrada em 31 de março. Isso significou uma ociosidade de 12,5 milhões de toneladas frente à capacidade industrial instalada, da ordem de 35 milhões de toneladas. "Estamos estudando como faremos esse ajuste. Mas não estou dizendo que vamos vender o negócio", enfatizou o empresário.
Ele afirmou, ainda, que não sabe que usinas poderão deixar de operar - se as de São Paulo, as de Goiás ou a de Mato Grosso do Sul. Mas afirmou que uma primeira medida já está sendo tomada, que é a desaceleração do ritmo de aumento de canaviais. "Estamos expandindo áreas de cana num ritmo menor".
O empresário disse não saber ainda quando esse replanejamento do braço sucroalcooleiro estará concluído. Tudo vai depender, segundo ele, de como o governo vai se posicionar diante das demandas do segmento. "Sou um otimista. Alguma medida deve ser tomada".
Para Odebrecht, a solução para o retorno da rentabilidade da produção de etanol está na volta da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na gasolina. "Basicamente, é isso que tem que ser feito", avalia.
Segundo ele, o etanol hidratado (usado diretamente nos tanques dos veículos) não tem condições de competir com a gasolina sem o retorno da Cide no combustível fóssil - zerada em 2012 para compensar a alta da gasolina na refinaria.
Com uma receita líquida de R$ 2 bilhões no exercício encerrado em 31 de março de 2013, a Odebrecht Agroindustrial registrou, no mesmo período, um prejuízo líquido atribuível aos acionistas controladores de R$ 1,241 bilhão, ante perda líquida de R$ 753 milhões no ano-fiscal anterior.
Quando foi criada, a Odebrecht Agroindustrial, antes denominada ETH Bioenergia, tinha a ambição de se tornar a maior produtora de etanol do Brasil. Em 2009, a empresa comprou as usinas da antiga Brenco, do ex-presidente da Petrobras Philippe Reichstul. Com um plano agressivo de investimentos, registrava, no ano passado, uma dívida bancária superior a R$ 10 bilhões.
O plano era atingir uma moagem de 40 milhões de toneladas de cana, produzir 3 bilhões de litros de etanol, 700 mil toneladas de açúcar, 2,7 mil gigawatts/hora de energia elétrica e por ano.

O presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou que a companhia estuda "desmobilizar" algumas de suas usinas de cana-de-açúcar para extrair mais valor dos negócios no segmento sucroalcooleiro, concentrados na subsidiária Odebrecht Agroindustrial.


Ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, o empresário disse que a diferença entre o volume processado de cana e a capacidade instalada das usinas da empresa é superior a 10 milhões de toneladas e que um ajuste deverá ser realizado em busca de um melhor equilíbrio. A moagem efetiva de cana das nove unidades do grupo foi de 22,5 milhões de toneladas na safra 2013/14, encerrada em 31 de março. Isso significou uma ociosidade de 12,5 milhões de toneladas frente à capacidade industrial instalada, da ordem de 35 milhões de toneladas. "Estamos estudando como faremos esse ajuste. Mas não estou dizendo que vamos vender o negócio", enfatizou o empresário.


Ele afirmou, ainda, que não sabe que usinas poderão deixar de operar - se as de São Paulo, as de Goiás ou a de Mato Grosso do Sul. Mas afirmou que uma primeira medida já está sendo tomada, que é a desaceleração do ritmo de aumento de canaviais. "Estamos expandindo áreas de cana num ritmo menor".


O empresário disse não saber ainda quando esse replanejamento do braço sucroalcooleiro estará concluído. Tudo vai depender, segundo ele, de como o governo vai se posicionar diante das demandas do segmento. "Sou um otimista. Alguma medida deve ser tomada". Para Odebrecht, a solução para o retorno da rentabilidade da produção de etanol está na volta da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na gasolina. "Basicamente, é isso que tem que ser feito", avalia. Segundo ele, o etanol hidratado (usado diretamente nos tanques dos veículos) não tem condições de competir com a gasolina sem o retorno da Cide no combustível fóssil - zerada em 2012 para compensar a alta da gasolina na refinaria.


Com uma receita líquida de R$ 2 bilhões no exercício encerrado em 31 de março de 2013, a Odebrecht Agroindustrial registrou, no mesmo período, um prejuízo líquido atribuível aos acionistas controladores de R$ 1,241 bilhão, ante perda líquida de R$ 753 milhões no ano-fiscal anterior.


Quando foi criada, a Odebrecht Agroindustrial, antes denominada ETH Bioenergia, tinha a ambição de se tornar a maior produtora de etanol do Brasil. Em 2009, a empresa comprou as usinas da antiga Brenco, do ex-presidente da Petrobras Philippe Reichstul. Com um plano agressivo de investimentos, registrava, no ano passado, uma dívida bancária superior a R$ 10 bilhões.


O plano era atingir uma moagem de 40 milhões de toneladas de cana, produzir 3 bilhões de litros de etanol, 700 mil toneladas de açúcar, 2,7 mil gigawatts/hora de energia elétrica e por ano.

 

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