Hidrelétrica

Obras de Simplício vão ser aceleradas

Jornal do Commercio
15/05/2008 09:10
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O Complexo Hidrelétrico de Simplício, empreendimento da estatal Furnas Centrais Elétricas, entrará em nova fase de construção neste mês, com o término da estação das chuvas. As obras serão aceleradas de forma a encerrar o ano 58,2% concluídas, frente aos 28,7% atuais. Localizado na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais, no rio Paraíba do Sul, Simplício terá, quando pronto, no final de 2010, após investimento de R$ 1,6 bilhão, capacidade instalada de geração de 333,7 megawatts (MW).

 

A licença de construção e operação do complexo foi adquirida por Furnas em 2005, em leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com uma tarifa de R$ 115,88 o megawatt-hora (MWh). O empreendimento já havia sido leiloado em 1999, em concorrência vencida pela Light, mas acabou não sendo executado.

 

A concessionária entendeu que o projeto não seria economicamente viável. Agora 100% controlado por Furnas, a construção do complexo caminha dentro do cronograma.

 

Segundo o assistente da Superintendência de Empreendimentos de Geração de Furnas, Márcio Porto, Simplício tem características dificilmente encontradas em outros empreendimentos hidrelétricos. O projeto é composto por oito canais, três túneis, uma barragem de concreto, um vertedouro, duas casas de força e diversos reservatórios.

 

Da barragem de concreto até a casa de força principal, localizada em Simplício (MG), serão 30 quilômetros de extensão. Próximo da barragem será instalada uma casa de força que aproveitará a vazão d"água de 70 metros cúbicos, suficiente para gerar 28 MW. Essa unidade ficará pronta em junho de 2010.

 

"É obra peculiar. Não temos conhecimento de obra, com 30 quilômetros de extensão, com características iguais a essa no mundo. Normalmente, cerca de 5 quilômetros ao quadrados de área já é considerado muito. Temos diversos canteiros de obras e um intrincado planejamento logístico para atender a todas essas frentes", afirmou o superintendente.

 

Segundo ele, o reservatório de Anta terá 12 quilômetros quadrados. "Isso é considerado pouco. São sete lagoas Rodrigo de Freitas", disse.

 

Nesta etapa estão sendo escavados túneis, canais, diques, a barragem de Anta e as casas de força. Para este ano estão previstos ainda aterros compactados dos diques, a construção das estruturas de concreto das casas de força e o início da montagem eletromecânica.

 

"Já trabalham nos canteiros 1.900 trabalhadores. Neste ano, deverão ser contratados mais 1.300", acrescentou Torre. Uma das principais frentes da obra está no túnel de seis quilômetros de extensão, dos quais três quilômetros já foram escavados.


 

O complexo faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo federal e está em construção pelo consórcio Noberto Odebrecht e Andrade Gutierrez. Já os equipamentos eletromecânicos são fornecidos pela empresa argentina Impesa e a brasileira Inverall.

 

O empreendimento é considerado estratégico porque terá capacidade para suprir uma cidade de 1,5 milhão de habitantes e será conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O BNDES financiou o empreendimento com R$ 1 bilhão.

 

Do valor total que será investido, R$ 647 milhões serão destinados a obras civis, R$ 289 milhões para fornecimento e montagem, R$ 32 milhões em projetos de enegenharia, R$ 634 milhões em obras ambientais, reservatórios e desapropriação de área. Torre explicou que, neste último caso, estão sendo priorizadas áreas da frente de obra. "Já realizamos a remoção de 140 famílias no estado do Rio e 60 em Minas Gerais. Todos negociados, com acordo. Sem a necessidade de ir à Justiça", afirmou.

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