A obra de reconstrução do porto de Itajaí foi retomada ontem depois de ter sido paralisada há alguns dias por conta de um aditivo ao contrato inicial solicitado pelo consórcio Triunfo/Serveng e Constremac, responsável pelos reparos em dois dos três ber
Valor EconômicoA obra de reconstrução do porto de Itajaí foi retomada ontem depois de ter sido paralisada há alguns dias por conta de um aditivo ao contrato inicial solicitado pelo consórcio Triunfo/Serveng e Constremac, responsável pelos reparos em dois dos três berços existentes no porto. A nova previsão é que a reconstrução seja concluída em abril de 2010.
"Este é o tempo físico da obra", disse o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, em entrevista ao Valor, que não considera o prazo de reconstrução longo. Se concluído em abril, o porto terá passado 17 meses parcialmente paralisado, uma vez que as enchentes que destruíram parte de sua estrutura ocorreram em novembro de 2008.
Brito confirmou que uma estaca-teste, colocada ainda ontem pelo consórcio em Itajaí, indicou o que as empresas contratadas para a reconstrução alegavam. Isto é, a necessidade de aprofundamento das estacas de sustentação dos berços para 50 metros e não apenas 35 metros, como estava previsto no projeto original.
Segundo o ministro, cálculos preliminares da SEP indicam que cada berço vai custar agora R$ 120 milhões e não mais cerca de R$ 86 milhões cada, como estabelecido antes. Mas ele indicou que é preciso fazer novas avaliações para determinar com precisão os custos.
Em agosto, o consórcio informou mar uma necessidade um pouco maior, de aproximadamente R$ 85 milhões no total da obra, o que daria 50% a mais em relação ao orçado no projeto inicial. Paulo Müller, gerente do projeto de reconstrução, esteve reunido ontem com técnicos da SEP em Itajaí. Procurado pelo Valor, ele não se pronunciou.
O consórcio havia sido contratado pela SEP no início deste ano e paralisou os trabalhos à espera de um aditivo. Além da estaca-teste, outras já foram compradas para chegar nos próximos dias a Itajaí. O reinício das obras ocorre dias depois de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter autorizado no dia 26 de agosto por unanimidade que a SEP fizesse um aditivo ao projeto inicial ou nova contratação. A opção da SEP foi pelo aditivo por ser mais rápido do que realizar um novo processo de escolha de empresa para a obra.
De acordo com Antônio Ayres dos Santos, superintendente do porto, não haverá a necessidade de uso do Exército na reconstrução, como chegou a ser cogitado. "O Exército seria uma solução emergencial, que usaríamos apenas para o caso de o TCU negar o aditivo". A prefeitura de Itajaí, que administra o porto, tinha expectativa de ter o porto operando a plena capacidade até julho deste ano. Informações do porto dão conta de que ele opera hoje com cerca de 15 mil contêineres por mês ante 45 mil contêineres/mês até novembro do ano passado.
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