Energia Nuclear

Obras de Angra 3 movimentam mercado de trabalho da Costa Verde

A construção da Usina Nuclear Angra 3 está permitindo a criação de novos empregos, movimentando o mercado de trabalho da região da Costa Verde. A construtora Andrade Gutierrez, responsável pelas obras civis está, no momento, contando com um efetivo de 1.837 empregados para trabalhar na const

Redação
29/09/2010 16:08
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A construção da Usina Nuclear Angra 3 está permitindo a criação de novos empregos, movimentando o mercado de trabalho da região da Costa Verde. A construtora Andrade Gutierrez, responsável pelas obras civis está, no momento, contando com um efetivo de 1.837 empregados para trabalhar na construção da Usina - de acordo com o seu último balanço (20/09/10). Desse total, 1.399 são moradores de Angra dos Reis, 95 de Paraty e 27 de Rio Claro.


Esse efetivo deve aumentar nos quatro primeiros anos da obra. Estima-se que, em média, serão necessários, somente para atender aos serviços da construção civil, um efetivo de 2.500 trabalhadores, podendo chegar a 4 mil nos momentos de pico (entre o 2º e o 3º ano). Além destes, os serviços de montagem eletromecânica, que serão iniciados no segundo ano da obra, empregarão 4 mil funcionários, de modo que as obras da Usina, ao longo de 5,5 anos de implantação, mobilizarão, em média, cinco mil empregos diretos - com picos que poderão alcançar nove mil colocações no período de maior movimentação no canteiro.


Desde que a Eletronuclear recebeu a licença de construção de Angra 3 - que autorizou o início da concretagem da laje do prédio do reator da Usina -, houve um crescente aumento no quadro de empregados das contratadas para atuar na obra. Desde o ano passado, a empreiteira já tinha equipe mobilizada no canteiro para execução dos serviços preparatórios de engenharia e instalação da infraestrutura do canteiro de obras. Antecedendo à fase de concretagem, foram executadas diversas atividades como a aplicação do concreto de regularização da cava de fundações para as diversas edificações, a impermeabilização das lajes de fundação do prédio do reator e prédio auxiliar do reator e a instalação de armação (ferragens).


Nesse primeiro momento, a demanda maior é por carpinteiros de formas, pedreiros, montadores de andaime, armadores e ajudantes. Esse tipo de mão de obra já existe na região tanto é que mais de 80% do pessoal contratado até agora são moradores da Costa Verde, coerente com a política da empresa de priorização da mão de obra local. Estima-se que para Angra 3 o índice de participação de mão de obra da região seja bem superior ao utilizado em Angra 2.

 
Já os serviços de instalação e de montagem dos equipamentos eletromecânicos - que mobilizará mão de obra adicional -, serão objeto de futura licitação, cujo edital está em fase final de elaboração e deve ser divulgado em breve. Para atender ao início desses serviços, serão requisitados profissionais com qualificação, tais como: eletricistas, montadores, instrumentistas, encanadores, ajudantes, pintores, etc. A mesma política de priorização da mão de obra local será adotada, somente buscando profissionais fora da região quando comprovadamente não houver disponibilidade local.  


A construção civil de Angra 3 e a montagem eletromecânica serão executadas com participação preponderante de técnicos e profissionais brasileiros. A maior participação de estrangeiros se dará somente na fase de comissionamento de equipamentos e sistemas da Usina, ou seja, na fase de testes, cabendo à empresa franco-alemã Areva a complementação do fornecimento de parte dos equipamentos, não disponível no mercado nacional, e o suporte técnico de alguns serviços específicos de supervisão de montagem e de engenharia.


Já para a fase de operação da Usina, serão necessários cerca de 500 empregos diretos permanentes, cuja seleção se dará através de concurso público. As principais categorias contratadas serão: operadores; mecânicos; eletricistas; instrumentistas; químicos; engenheiros; e físicos.


Licitações para Angra 3


Até o final do ano, a Eletronuclear deverá assinar, com fornecedores nacionais, cerca de R$ 2 bilhões em contratos para a construção da Usina Angra 3. Já foram publicados diversos editais para serviços de engenharia eletromecânica e civil e para o suporte ao gerenciamento e à implantação, no valor de R$ 550 milhões. Estão em elaboração outros editais de serviços e, no final de outubro, deverá ser publicado o edital da montagem eletromecânica, no valor de R$ 1,4 bilhão.

                                      
No momento já estão contratados ou sendo renegociados 27 contratos com fornecedores nacionais. A CONFAB fornecerá os seguintes componentes: esfera de contenção metálica; tanques; eclusas; comportas e revestimento da piscina; colunas de degaseificação; e suportes dos componentes pesados. A Bardella, equipamentos de movimentação de carga e hidromecânicos, e a EBSE, tubos de grandes diâmetros. Já com a Nuclep, o contrato é para fornecimento de equipamentos mecânicos de grande porte como os condensadores e acumuladores.


Para a conclusão de Angra 3, são necessários investimentos da ordem de R$ 9 bilhões (na base de preços de junho de 2010), sendo 70% em moeda nacional e o restante a ser financiado no mercado internacional. A previsão é que a Usina entre em operação comercial no final de 2015.

 
 
 
 
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