<P>O presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Correia Serra, disse, nesta quinta-feira (26), que os sete quilômetros do cais público do Porto de Santos deverão estar aptos para receber navios com 15 metros de calado (designação dada à profundidade a que se encontra...
Jornal do CommercioO presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Correia Serra, disse, nesta quinta-feira (26), que os sete quilômetros do cais público do Porto de Santos deverão estar aptos para receber navios com 15 metros de calado (designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação) até o final de 2010. De acordo com o presidente, o investimento necessário já está assegurado.
Nós precisamos correr para tentarmos disponibilizar os projetos de recuperação dos cais públicos, porque o setor privado está fazendo a sua parte. Esses investimentos estão orçados em R$ 300 milhões e estamos com os recursos praticamente assegurados pelo PAC, disse Serra durante vistorias às obras de expansão do Terminal para Contêineres da Margem Direita S.A.(TECONDI).
A reestruturação do cais é simples, o mais difícil não é a obra de engenharia é a questão da compatibilidade operacional porque as ocupações de um cais como o Saboó é grande com muitos arrendatários o dividindo, explicando que a primeira fase da obra será nos dois quilômetros do cais do Saboó e custará R$ 15 milhões.
Toda a reforma faz parte do processo de dragagem de aprofundamento do Porto de Santos, que ampliará a profundidade do canal para até 15 metros, permitindo a atracação de navios maiores e consequentemente o aumento da capacidade de movimentação do porto.
Atualmente, o processo de dragagem possui dois fatores sendo desenvolvidos: a licitação das obras propriamente ditas e o licenciamento ambiental. Tivemos uma licença prévia dada pelo IBAMA e o nosso prazo para a proposta é maio, quando todos os estudos estarão prontos, disse o presidente da Codesp, afirmando que a ideia é que a licitação e o licenciamento sejam concluídos até julho. As dragas chegarão no segundo semestre para começar a obra, diz.
expectativas. Sobre a vistoria ao Tecondi, Serra afirmou que ficou satisfeito e que as condições de construção atendem às expectativas da Secretaria Especial de Portos (SEP) e da Codesp. O presidente também está otimista quanto ao cumprimento dos prazos (primeiro trimestre de 2010).
O diretor comercial do Tecondi, Luiz Araujo, afirmou que as obras já estão de acordo com a segunda fase do projeto de aprofundamento do canal do porto, quando a profundidade deverá atingir 17 metros.
Com um custo de R$ 180 milhões, a obra consiste na construção de um novo berço de atracação de 320 metros, na ampliação da retroárea de 100 para 135 mil metros quadrados e na compra de equipamentos. Com isso, o terminal pretende duplicar sua capacidade de movimentação, que em 2008 foi de 318 mil TEUs (unidade equivalente a contêineres de 20 pés). A gente prevê algo próximo a 700 mil TEUs, calculou Araujo, que está otimista quanto ao fim da crise econômica mundial.
O projeto já fazia parte dos nossos planos antes da crise e a gente, como todos, está pensando que a crise não vai durar eternamente. É uma etapa em todo o processo de comércio exterior, mas não significa que o porto na devera crescer dentro em breve, afirmou.
Segundo ele, a crise criou uma preocupação, porém conversas com os clientes trouxeram mais otimismo à empresa. Na parte portuária, a gente foi sentir essa queda somente na primeira semana de fevereiro, mas achamos que essa pequena queda que pode configurar em 2009 não ocorrerá nos outros anos, completando que a movimentação do terminal em fevereiro foi 14% inferior a do mesmo mês do ano passado.
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