<P>Para desespero dos exportadores catarinense, o dólar ficou mais barato no ano passado. Os resultados puderam ser sentidos pelo fraco crescimento dos negócios das empresas catarinenses com o exterior. A expansão foi de 6,8%, atingindo US$ 5,97 bilhões . Tristeza de uns, alegria de outros. Comp...
A Notícia - SCPara desespero dos exportadores catarinense, o dólar ficou mais barato no ano passado. Os resultados puderam ser sentidos pelo fraco crescimento dos negócios das empresas catarinenses com o exterior. A expansão foi de 6,8%, atingindo US$ 5,97 bilhões . Tristeza de uns, alegria de outros. Comprar mercadorias do exterior ficou muito mais barato. As importações catarinenses cresceram 58,6%, segundo dados da Secretaria do Comércio Exterior (Secex), atingindo US$ 3,47 bilhões.
Foi um bom negócio em 2006 para os portos catarinenses. US$ 4,04 bilhões em mercadorias estrangeiras entraram por São Francisco do Sul, Itajaí e Imbituba, 81,2% a mais que no ano anterior. O destino: mais de 20 Estados.
Nossos portos têm tarifas competitivas em relação aos demais do País, e paralelo a isso temos também vários empresas investindo em centros de distribuição estratégicos aqui no Estado, diz o diretor de relações industriais da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Henry Quaresma.
No ano passado, o fluxo de importações de mercadorias pelo porto de São Francisco do Sul foi 99,21% maior que em 2005, atingindo US$ 1,75 bilhão. Em Itajaí, o movimento foi 53,27% maior, atingindo US$ 1,73 bilhão. E em Imbituba, 146,66%, chegando a US$ 574,6 milhões.
Além do câmbio favorável, o diretor avalia que os incentivos fiscais concedidos pelo governo estadual também influenciaram no incremento das importações. Ele também citou a influência do comércio com a China, que ampliou o acesso de produtos importados. É importante sempre analisar a China sob vários aspectos, porque as ameaças e oportunidades andam muito abraçadas, disse.
ENTRADA DE MERCADORIAS ESTRANGEIRAS DOBRA EM SÃO FRANCISCO - O volume e o valor das mercadorias importadas pelo porto de São Francisco do Sul praticamente dobraram no ano passado, atingindo US$ 1,75 bilhão. Segundo o diretor-presidente do porto, Paulo Corsi, as operações de importação foram impulsionadas pelo plano de incentivo do governo estadual, que abateu a cobrança de ICMS para tornar os portos catarinenses mais competitivos. As importações representaram 23% da movimentação do porto em 2006.
No caso do porto de São Francisco, o aumento só não foi maior por causa da obras de modernização, que restringiram o espaço para atracamento, afirma. Em relação ao ano passado, os produtos mais importados foram fios de aço, trigo, soda a granel, polipropileno, malte e resina sintética de PVC, além das bobinas de aço. Corsi salienta que, para este ano, estão programadas melhorias como a construção de mais um berço, em abril, além do aumento do calado do porto e a implantação de mais um guindaste.
Para o coordenador da filial de São Francisco do Sul da Freitas Comércio Exterior, Cláudio Grubba, um dos fatores que contribuíram para a entrada de mercadorias foi a renovação do parque fabril da Norte do Estado. O maquinário tem que ser renovado de tempos em tempos e isso ocorreu no ano passado. Os equipamentos vieram principalmente da China e da Europa, explica. Para Grubba os investimentos nos portos catarinenses também serviram para desafogar o gargalo e permitir o escoamento de um volume maior de mercadorias.
Já o proprietário da Litoral Agência Marítima, Luciano Tumelero, acredita que as importações vêm crescendo simplesmente porque os produtos estrangeiros estão cada vez mais competitivos. É uma questão de preço. Comprar uma camisa na China custa dois dólares. Arrumar o punho de uma camisa no Brasil custa em torno de quatro dólares, compara.
ITAJAÍ FAZ A PONTE ENTRE 95 PAÍSES E 20 ESTADOS- A gripe aviária, o embargo da carne suína catarinense pela Rússia, condições climáticas adversas e as greves em vários órgãos federais que influenciaram a liberação das cargas não foram capazes de impedir o crescimento do principal terminal portuário de Santa Catarina. Em 2006, o porto de Itajaí cresceu 6% a mais que no ano anterior, alcançando movimentação de praticamente sete milhões de toneladas de mercadorias.
Uma das saídas para manter os números positivos foi apostar na importação. Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o crescimento na cidade chegou a 54% somente nos oito primeiros meses de 2006, praticamente o dobro da média nacional. Foram movimentados US$ 1,03 bilhão em mercadorias compradas por 20 Estados brasileiros, além do Distrito Federal.
Rondônia, Tocantins, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia começaram a negociar produtos através do terminal itajaiense no ano passado. Juntos, foram responsáveis pela movimentação de mais de US$ 2,6 milhões. As unidades importaram, principalmente, artigos de plásticos, matéria-prima para indústrias de produtos elétricos e farmacêuticos.
Itajaí também se destacou no número de países que mantêm importações pelo terminal. Ao todo, 95 países enviam suas mercadorias para o Brasil por meio do porto, com 16 deles tendo iniciado suas operações em 2006. Os maiores crescimentos foram registrados pelo Uruguai, com 427,3%, e Finlândia com 400%. Entre os maiores volumes enviados ao País, a China lidera o ranking, seguida dos Estados Unidos.
Segundo o superintendente do porto de Itajaí, Wilson Francisco Rebelo, o crescimento nas importações demonstra o bom momento vivido pela indústria catarinense. Grande parte das importações é referente à compra de matéria-prima ou máquinas e equipamentos. Nos dois casos, o parque industrial de Santa Catarina está modernizando as instalações e produzindo mais.
Rebelo ex-plica ainda que o crescimento da demanda gerado pelo bom momento catarinense encontrou em Itajaí a devida capacidade de movimentação das mercadorias. Estamos investindo quase R$ 200 milhões em obras de ampliação e melhorias, diz o superintendente.
FERTILIZANTE ADUBA RESULTADO EM IMBITUBA - importação de fertilizantes ajudou a adubar os resultados do porto de Imbituba, o terceiro maior do Estado, no ano passado. A entrada de mercadorias de outros países aumentou 146,7%, atingindo US$ 574,6 milhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). E o carro-chefe, diz o secretário de desenvolvimento e diretor do porto, Gilberto Barreto. O produto é destinado às cooperativas e empresas agropecuárias.
O executivo destaca que os resultados foram estimulados pelo investimentos em modernização nos últimos anos. Ainda há boas perspectivas de dobrar o volume atual de volume transportado em curto prazo. Trazemos também grandes volumes de sal por cabotagem, afirmou, destacando a modalidade de transporte por navio dentro do próprio mercado nacional.
Fonte: A Notícia - SC
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