O primeiro lote do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto de Itaqui, será explorado pela Novaagri Infraestrutura de Armazenagem e Escoamento Agrícola S.A, que venceu a licitação com proposta de R$ 62 milhões, de acordo com informações da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap).
Uma nova sessão, com data a ser definida, será realizada para abertura dos envelopes contendo os documentos de habilitação e as propostas comerciais para os demais lotes. Os valores das demais propostas pelo lote 1 ficaram muito aquém do oferecido pela Novaagri. A CGG Trading S.A. ofereceu R$ 25,5 milhões; a Glencore Serviços e Comércio de Produtos Agrícolas Ltda, R$ 21,7 milhões; e o Consórcio Crescimento, formado pelas empresas Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A e Amaggi Exportação e Importação Ltda, R$ 15,1 milhões.
A empresa Granol Indústria Comércio e Exportação S.A., foi excluída do certame por não entregar os envelopes com as propostas comerciais e documentos de habilitação. Já o Consórcio Interalli, formado pelas empresas Interalli Administração e Participações S.A., CBL Companhia Brasileira de Logística S.A. e pela FSF Administração e Participações Ltda, foi desclassificado da concorrência porque não identificou os envelopes com as propostas comerciais dos lotes licitados, impossibilitando a regular abertura e análise dos documentos pela Comissão de Licitação.
O projeto do Tegram prevê investimentos de R$ 262 milhões em quatro armazéns com capacidade estática de 125 mil toneladas de grãos cada (base soja). As empresas vencedoras, uma por lote, poderão explorar o negócio por 25 anos, renováveis por mais 25, e serão responsáveis pela operacionalização do projeto, incluindo o sistema de recepção e expedição da carga.
De acordo com o cronograma, esta primeira fase entrará em operação no final de 2013, com capacidade para movimentar 5 milhões de toneladas ao ano. Numa segunda fase, a movimentação pode chegar a 10 milhões de toneladas por ano.
O empreendimento é considerado por representantes do agronegócio do Centro-Oeste do país como fundamental para baratear o custo de transporte dos grãos dessa região para os mercados externos. O Tegram também deve facilitar o escoamento da produção das novas fronteiras agrícolas, na região conhecida por Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantins). Atualmente, cerca de 80% da soja exportada pelo Brasil sai pelos portos de Paranaguá e Santos.