Exploração e Produção

No Ceará, produção de petróleo em 2011 é a pior da década

Produção em terra e mar atingiu 2,6 milhões de barris.

Diário do Nordeste
03/08/2012 14:37
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O Ceará registrou em 2011 a sua menor produção de petróleo em uma década. O Anuário Estatístico da Agência Nacional de Petróleo (ANP), divulgado esta semana, revela que, se em 2002 o estado chegou a produzir 5,0 milhões de barris, em 2011, este número caiu para quase a metade, atingindo 2,6 milhões de barris. A queda se deu tanto nos campos em terra como em mar.
"Os campos de produção do Ceará são os chamados campos maduros, que já produzem há cerca de 30 anos. Assim, é considerado natural a queda de produção ao longo de um tempo desses, principalmente quando não se tem renovação, não se tem novos poços. A tendência é que a produção caia. Isso não está vinculado a problemas operacionais o de manutenção de poços", destaca o presidente do Sindicato dos Petroleiros dos Estados do Ceará e Piauí (Sindipetro), Orismar Holanda.
Ápice e declínio
Dos últimos dez anos, o Ceará teve o ápice de sua produção em 2003, quando saíram dos campos marítimos e terrestres 5,4 milhões de barris de petróleo. Desde então, o número de barris vem em sequência decrescente. De 2010 para 2011, houve uma redução de 15% na produção em terra e de 9,3% em mar.
No ano passado, os 37 poços produtores em mar geraram 2,0 milhões de barris, enquanto que os 447 poços terrestres foram responsáveis por outros 567 mil barris. O decréscimo no volume produzido nos poços em terra ocorreu mesmo com um incremento de 10 poços produtores em 2011 - o que pode ser explicado pela menor produtividade atual dos poços neste campo.
Em mar, por sua vez, onde há quatro campos produtores, o número de poços vem caindo desde 2002. De lá pra cá, a quantidade saiu de 68 para chegar em 2011 com seu menor resultado: 37 poços - uma redução de quase 10% em relação a 2010.
De acordo com o Anuário da ANP, as reservas provadas de petróleo no Ceará chegaram, em 2011, a 63,2 milhões de barris de petróleo, um número inferior em 13 milhões ao de uma década atrás. Com esse resultado, o Ceará passou a ter uma participação de 0,4% no total de reservas provadas no Brasil.
De 2002 para o ano passado, o que se observou, no Ceará, foi que houve uma elevação nas reservas provadas em terra, passando de 6,2 milhões para 14,1 milhões de barris (apesar de uma queda de 1,3 milhões em relação a 2010). Já as reservas em mar caíram de 70 milhões para 49,1 milhões de barris.
Gás natural
Assim como com o petróleo, o Ceará também teve, no ano passado, seu pior desempenho na produção de gás natural em dez anos. Com este, inclusive, a redução tem sido bem mais significativa. De 2010 para 2011, registrou-se uma queda de 15,2% na produção em terra e de 27,0% em mar. Atualmente, 98% de todo o gás natural produzido no Ceará vem do mar.
Em 2002, produziu-se 109,6 milhões de metros cúbicos do produto nos campos marítimos do Estado. Já no ano passado, esse volume caiu para apenas 30,7 milhões.

O Ceará registrou em 2011 a sua menor produção de petróleo em uma década. O Anuário Estatístico da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), divulgado esta semana, revela que, se em 2002 o estado chegou a produzir 5,0 milhões de barris, em 2011, este número caiu para quase a metade, atingindo 2,6 milhões de barris. A queda se deu tanto nos campos em terra como em mar.


"Os campos de produção do Ceará são os chamados campos maduros, que já produzem há cerca de 30 anos. Assim, é considerado natural a queda de produção ao longo de um tempo desses, principalmente quando não se tem renovação, não se tem novos poços. A tendência é que a produção caia. Isso não está vinculado a problemas operacionais o de manutenção de poços", destaca o presidente do Sindicato dos Petroleiros dos Estados do Ceará e Piauí (Sindipetro), Orismar Holanda.



Ápice e declínio


Dos últimos dez anos, o Ceará teve o ápice de sua produção em 2003, quando saíram dos campos marítimos e terrestres 5,4 milhões de barris de petróleo. Desde então, o número de barris vem em sequência decrescente. De 2010 para 2011, houve uma redução de 15% na produção em terra e de 9,3% em mar.


No ano passado, os 37 poços produtores em mar geraram 2,0 milhões de barris, enquanto que os 447 poços terrestres foram responsáveis por outros 567 mil barris. O decréscimo no volume produzido nos poços em terra ocorreu mesmo com um incremento de 10 poços produtores em 2011 - o que pode ser explicado pela menor produtividade atual dos poços neste campo.


Em mar, por sua vez, onde há quatro campos produtores, o número de poços vem caindo desde 2002. De lá pra cá, a quantidade saiu de 68 para chegar em 2011 com seu menor resultado: 37 poços - uma redução de quase 10% em relação a 2010.


De acordo com o Anuário da ANP, as reservas provadas de petróleo no Ceará chegaram, em 2011, a 63,2 milhões de barris de petróleo, um número inferior em 13 milhões ao de uma década atrás. Com esse resultado, o Ceará passou a ter uma participação de 0,4% no total de reservas provadas no Brasil.


De 2002 para o ano passado, o que se observou, no Ceará, foi que houve uma elevação nas reservas provadas em terra, passando de 6,2 milhões para 14,1 milhões de barris (apesar de uma queda de 1,3 milhões em relação a 2010). Já as reservas em mar caíram de 70 milhões para 49,1 milhões de barris.



Gás natural


Assim como com o petróleo, o Ceará também teve, no ano passado, seu pior desempenho na produção de gás natural em dez anos. Com este, inclusive, a redução tem sido bem mais significativa. De 2010 para 2011, registrou-se uma queda de 15,2% na produção em terra e de 27,0% em mar. Atualmente, 98% de todo o gás natural produzido no Ceará vem do mar.


Em 2002, produziu-se 109,6 milhões de metros cúbicos do produto nos campos marítimos do Estado. Já no ano passado, esse volume caiu para apenas 30,7 milhões.

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