Queda

Movimento nos portos cai 17,5% no 1º tri

<P>A movimentação nos portos e terminais brasileiros caiu 17,5% no primeiro trimestre de 2009, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com números contabilizados pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).</P><P>O resultado decorre da crise mundial e, para o...

Folha de S.Paulo
27/04/2009 00:00
Visualizações: 76 (0) (0) (0) (0)

A movimentação nos portos e terminais brasileiros caiu 17,5% no primeiro trimestre de 2009, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com números contabilizados pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

O resultado decorre da crise mundial e, para os investidores, o movimento deste ano deverá ser menor, com reflexos na capacidade de investimento na infraestrutura portuária.

O impacto da retração econômica foi mais sentido nos portos públicos do que nos terminais de uso privado. Nos portos administrados por empresas estatais, a queda no primeiro trimestre foi de 21,1%. Nos terminais de uso privado, que na maior parte das vezes funcionam como braços operacionais de grandes exportadores, a redução foi de 15,4%.

Os terminais de uso privado ficam fora da área do porto público e geralmente exportam mercadorias a granel (soja, minério, combustível entre outras). Muitas vezes integram estruturas verticalizadas de empresas como Vale do Rio Doce (minério), Cargill (soja) e Petrobras (combustíveis).

Também existem terminais especializados em granéis nos portos públicos. Nesse caso, ainda que operados por empresas privadas, têm que atender a todos os interessados. A movimentação de carga geral (o que não é minério, combustível ou soja) geralmente é feita em terminais especializados em contêineres, nos portos públicos.

Das 125,8 milhões de toneladas movimentadas nos portos e terminais privativos no primeiro trimestre, cerca de 65% partiram ou chegaram por meio de terminais de uso privativo. Os números da Antaq não levam em conta os portos administrados pela Companhia Docas do Rio de Janeiro, que administra terminais no Estado.

Para os investidores, a crise é grave e só não é pior por conta do agronegócio. O agronegócio deve provocar um aumento de movimentação, porque os estoques estão baixos nos países importadores. Mas os outros setores são uma incógnita, afirma Wilen Manteli, presidente da ABTP (associação dos terminais portuários).

Na avaliação do executivo, o cenário pode afetar a capacidade de investimentos em infraestrutura. O comércio internacional caiu muito. A expectativa é a China. Precisamos investir na melhoria da infraestrutura atual e em ampliações.

Para José Augusto de Castro, vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), as exportações do agronegócio, principalmente soja, estão aumentando por conta de preços ainda altos e de uma situação cambial favorável. Os exportadores de soja estão antecipando embarques. No ano passado, esses embarques haviam sido adiados, disse.

Segundo Castro, a situação para outros produtos, principalmente commodities industriais (como minério e celulose), é mais difícil. A queda de volume é um dado preocupante, porque os portos vivem de tarifas para gerar receita. A tarifa não é apurada sobre o valor, e sim sobre a quantidade movimentada. Quando menos movimentação, menos receita e menos recursos para investimentos em melhorias.

Em relação às cargas, a queda foi mais forte justamente nas movimentadas em portos públicos (contêineres), com redução de aproximadamente 35% no primeiro trimestre. Para granéis sólidos (minério e soja, principalmente), a queda foi de 22% e, para granéis líquidos (principalmente combustíveis), a redução foi de 14%.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Rio de Janeiro
Incertezas fazem Firjan projetar crescimento da economia...
16/04/25
Amazonas
Fundo de US$ 20 bi geraria royalties verdes suficientes ...
16/04/25
ANP
Laboratórios podem se inscrever até 23/04 no Programa de...
16/04/25
Refino
RPBC comemora 70 anos, com 11% da produção de derivados ...
16/04/25
Petrobras
US$ 1,7 bilhão serão investidos na destinação sustentáve...
16/04/25
Evento
Naturgy debate papel do gás natural na transição energét...
16/04/25
Combustíveis
ICONIC Base Oil Solutions é a nova distribuidora da Chev...
15/04/25
OTC HOUSTON 2025
Chris Lemons, mergulhador comercial de renome mundial, s...
15/04/25
SPE
Sustentabilidade da indústria de óleo e gás
15/04/25
Oportunidade
Omni Táxi Aéreo abre inscrições para Programa de Estágio...
14/04/25
Parceria
Petrobras e Coppe assinam termo de parceria para reduzir...
14/04/25
Eficiência Energética
Foresea desenvolve tecnologias para redução de emissões ...
14/04/25
Oferta Permanente
ANP contempla Margem Equatorial nos Blocos do 5º Ciclo d...
14/04/25
Etanol
Anidro cai 2,48% e hidratado fecha em alta pela 2ª seman...
14/04/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória Petroshow 2025 consolida-se como o maior evento ...
13/04/25
Rio de Janeiro
Promoção Firjan e Infis, 3º Seminário Tributação em óleo...
11/04/25
Apoio Marítimo
Abastecimento inédito de HVO é realizado por efen e Wils...
11/04/25
Oportunidade
Presidente do IBP defende formação profissional para 400...
10/04/25
Vitória PetroShow 2025
Noite dos Âncoras celebra o sucesso do Vitória Petroshow...
10/04/25
Energia Solar
Parque Solar da Acelen está com 50% das obras concluídas
10/04/25
Etanol
Enersugar estabelece meta de 1,7 milhão de toneladas par...
10/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22