Ministros do Uruguai e da Bolívia assinam acordo de venda de gás
BNamericas
29/09/2004 03:00
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O ministro de Energia e Minas uruguaio, José Ignacio Villar, assinou no domingo um acordo com seu contra-parte boliviano, Guillermo Torres, para comprar 150 mil m³ por dia de gás através da Argentina, informou a imprensa local. O acordo considera duas etapas: a primeira envolve a venda de 150 mil m³ por dia de gás para uma planta elétrica uruguaia no curto prazo, enquanto a segunda etapa implica a venda de maiores volumes de gás a partir de 2006, uma vez que o gasoduto proposto para unir Bolívia com o noroeste argentino expanda a capacidade de transporte na região. As vendas de gás da Bolívia a Uruguai poderiam chegar a 4 milhões de m³ por dia a partir de 2006, disse o vice-ministro de hidrocarbonetos da Bolívia, Freddy Escobar, na semana passada à BNamericas. A Argentina é o principal provedor do Uruguai hoje em dia, no entanto, suas exportações de energia se viram restringidas este ano já que o país enfrenta uma situação de desabastecimento interno. O Uruguai necessita urgentemente do gás, dado que as grandes indústrias neste momento têm restringido o uso do gás natural, informou Villar. "Estamos tendo um certo déficit, se cabe a possibilidade de que se solucione na Argentina este problema, considerar a opção de cubrir a falta desde a Bolívia, nos reunindo com as autoridades argentinas", acrescentou. Dados os baixos níveis de águas caídas e a restrição das importações de energia elétrica da Argentina, a elétrica estatal uruguaia UTE se viu obrigada a gerar eletricidade em sua planta diesel La Tablada, de 22 OMW, e a importar eletricidade do Brasil. Gerar sua própria eletricidade a partir de gás natural seria uma opção mais econômica e UTE estaria considerando atualmente ofertas por um contrato chave-na-mão para a construção de uma planta termelétrica de ciclo combinado de 350-400MW que tardaria 26 meses em ser alcançado e que poderia usar gás boliviano. Além do mais, Villar destacou que a Petrobras está interessada em construir outra planta termelétrica no Uruguai e que esta planta necessitaria que o abastecimento de gás sejam viáveis. "Não posso encarar o projeto se não tenho certeza do abastecimento", concluiu.
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