Reuters
O ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, confirmou na terça-feira que o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, visitará a Bolívia no dia 9 de outubro para retomar as negociações sobre os contratos de exploração e prospecção entre o governo boliviano e a Petrobras .
Como parte da nacionalização do setor de energia, proclamada em maio pelo presidente boliviano Evo Morales, as empresas estrangeiras são obrigadas a negociar, até o final de outubro, novos contratos de operação que dêem maior controle sobre a produção e maior fatia dos lucros ao governo boliviano.
A Petrobras é a maior investidora no setor de energia da Bolívia, que fornece gás natural ao Brasil e à Argentina.
Villegas disse ainda que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, vai colocar a pedra fundamental de uma unidade de processamento de gás natural em solo boliviano no dia 13 de outubro.
O ministro disse a jornalistas que a estatal venezuelana de petróleo PDVSA vai investir entre 130 e 150 milhões de dólares na unidade, como parte de uma parceria com a estatal boliviana YPFB.
A YPFB terá participação de 51 por cento, enquanto a PDVSA deterá 49 por cento do projeto, que será construído em Rio Grande, a cerca de 800 quilômetros a sudeste de La Paz, segundo Villegas. A YPFB irá pagar sua parte do investimento no longo prazo.
O ministro acrescentou que outra unidade de processamento será construída em parceria com a estatal argentina Enarsa e que as duas plantas devem começar a operar em dois anos e meio.
Mais cedo, o presidente da YPFB, Juan Carlos Ortiz, disse que a Bolívia precisa de 800 milhões de dólares em investimentos para poder cumprir novos acordos, como o que aumenta as exportações de gás natural para a Argentina do nível máximo atual de 7,7 milhões de metros cúbicos por dia, para 27,7 milhões de metros cúbicos por dia em três anos.
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