Eletricidade

Microgeração: iniciativas governamentais serão fundamentais

Entre elas pesquisa, financiamento e redução de tarifas.

Redação Revista TN Petróleo / Agência
17/04/2013 11:45
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As iniciativas governamentais em pesquisa e pioneirismo terão um papel crucial na disseminação da geração distribuída de pequeno porte (micro e mini) no Brasil, segundo alerta o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Geraldo Tavares. Em reunião realizada na segunda-feira (15) na Câmara Setorial de Energia do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, ele sugeriu que sejam implantados projetos em edificações públicas como universidades e escolas, além de sedes de governos federais e municipais, estádios - nesse caso, um exemplo citado é o Maracanã - e praças.
De acordo com o professor, para criar um mercado para microgeração distribuída no país será preciso atender a variáveis técnicas, políticas e comerciais, tornando a implantação atrativa para investidores e usuários. Para ele, é necessário demarcar diversos focos simultâneos de atuação, como revisão do marco regulatório, financiamento para investidores - incluindo a aquisição de equipamentos - e marketing do negócio.
A geração compartilhada de energia ou microgeração consiste na captação, por residências, indústrias e comércio, de energia própria através do sol, ventos ou gás. O professor lembra que é impossível implantar uma hidrelétrica no Saara e, partindo desse óbvio princípio, será preciso detalhar os insumos energéticos do país e realizar pesquisas, sobretudo, sobre a energia eólica já que, no caso da energia solar, os estudos já estão mais avançados. “No que diz respeito às eólicas há problemas com o vento no topo dos prédios e as turbulências. Não foi realizado ainda um estudo sobre esses ventos nos prédios em grandes cidades e isso tem que ser feito pelo governo”, explicou.
Além da implementação da microgeração em prédios e iluminação públicas, Tavares sugere também a redução dos riscos para os investidores, seja por meio das tarifas ou da redução dos riscos de instalação. “É fundamental também o financiamento, não só para renováveis, mas para qualquer energia. Belo Monte não seria construída sem financiamento do BNDES”, observou.
No que diz respeito às concessionárias, Tavares alerta que é preciso garantir vantagens financeiras demonstráveis. Além disso, ele considera crucial que sejam oferecidas condições para criação de empresas fornecedoras de produtos nacionais e importados. É preciso investir, ainda, no treinamento de pessoal. “Somente as fábricas não darão conta disso, é preciso usar todo o sistema nacional de ensino, as escolas técnicas e as universidades”, afirmou.
O mapeamento dos custos e benefícios para toda a sociedade também é fundamental para o desenvolvimento desse mercado, na avaliação de Geraldo Tavares. “Ninguém introduz uma nova tecnologia sem que todos saibam os custos e os benefícios para o empreendedor, para a concessionária, para o Sistema Integrado Nacional (SIN), a população em geral, governos e meio ambiente, além dos consumidores de energia elétrica. É preciso um estudo governamental para esse fim”, disse.
Finalmente, a questão da regulamentação é, talvez, a mais importante, segundo o especialista. Ele sugere uma revisão das regras já determinadas pela Aneel, tendo como referência o sucesso já alcançado em mais de duas dezenas de países.
Já o diretor da Enersud - empresa especializada na produção de energia limpa -, Luís Cezar Pereira, acredita que o caminho para a disseminação da microgeração no país é a redução da burocracia, além da criação de padrões de projetos de instalação e o incentivo à produção de equipamentos nacionais.
Segundo ele, a estimativa é que, enquanto nos Estados Unidos o custo de instalação de um equipamento residencial de geração compartilhada custa US$ 3,3 mil, no Brasil esse custo pode dobrar.

As iniciativas governamentais em pesquisa e pioneirismo terão um papel crucial na disseminação da geração distribuída de pequeno porte (micro e mini) no Brasil, segundo alerta o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Geraldo Tavares. Em reunião realizada na segunda-feira (15) na Câmara Setorial de Energia do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, ele sugeriu que sejam implantados projetos em edificações públicas como universidades e escolas, além de sedes de governos federais e municipais, estádios - nesse caso, um exemplo citado é o Maracanã - e praças.


De acordo com o professor, para criar um mercado para microgeração distribuída no país será preciso atender a variáveis técnicas, políticas e comerciais, tornando a implantação atrativa para investidores e usuários. Para ele, é necessário demarcar diversos focos simultâneos de atuação, como revisão do marco regulatório, financiamento para investidores - incluindo a aquisição de equipamentos - e marketing do negócio.


A geração compartilhada de energia ou microgeração consiste na captação, por residências, indústrias e comércio, de energia própria através do sol, ventos ou gás. O professor lembra que é impossível implantar uma hidrelétrica no Saara e, partindo desse óbvio princípio, será preciso detalhar os insumos energéticos do país e realizar pesquisas, sobretudo, sobre a energia eólica já que, no caso da energia solar, os estudos já estão mais avançados. “No que diz respeito às eólicas há problemas com o vento no topo dos prédios e as turbulências. Não foi realizado ainda um estudo sobre esses ventos nos prédios em grandes cidades e isso tem que ser feito pelo governo”, explicou.


Além da implementação da microgeração em prédios e iluminação públicas, Tavares sugere também a redução dos riscos para os investidores, seja por meio das tarifas ou da redução dos riscos de instalação. “É fundamental também o financiamento, não só para renováveis, mas para qualquer energia. Belo Monte não seria construída sem financiamento do BNDES”, observou.


No que diz respeito às concessionárias, Tavares alerta que é preciso garantir vantagens financeiras demonstráveis. Além disso, ele considera crucial que sejam oferecidas condições para criação de empresas fornecedoras de produtos nacionais e importados. É preciso investir, ainda, no treinamento de pessoal. “Somente as fábricas não darão conta disso, é preciso usar todo o sistema nacional de ensino, as escolas técnicas e as universidades”, afirmou.


O mapeamento dos custos e benefícios para toda a sociedade também é fundamental para o desenvolvimento desse mercado, na avaliação de Geraldo Tavares. “Ninguém introduz uma nova tecnologia sem que todos saibam os custos e os benefícios para o empreendedor, para a concessionária, para o Sistema Integrado Nacional (SIN), a população em geral, governos e meio ambiente, além dos consumidores de energia elétrica. É preciso um estudo governamental para esse fim”, disse.


Finalmente, a questão da regulamentação é, talvez, a mais importante, segundo o especialista. Ele sugere uma revisão das regras já determinadas pela Aneel, tendo como referência o sucesso já alcançado em mais de duas dezenas de países.


Já o diretor da Enersud - empresa especializada na produção de energia limpa -, Luís Cezar Pereira, acredita que o caminho para a disseminação da microgeração no país é a redução da burocracia, além da criação de padrões de projetos de instalação e o incentivo à produção de equipamentos nacionais.


Segundo ele, a estimativa é que, enquanto nos Estados Unidos o custo de instalação de um equipamento residencial de geração compartilhada custa US$ 3,3 mil, no Brasil esse custo pode dobrar.

 

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